Esportistas se emocionam com a Tocha

30/07/2016 11:30

Petrópolis viveu um dia totalmente atípico no fim da tarde de ontem. Afinal, o revezamento da Tocha Olímpica transformou a pacata Cidade Imperial em uma grande festa esportiva a uma semana da abertura oficial dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, levando uma multidão do Centro Histórico até Quitandinha, quando lá encerrou a etapa petropolitana da passagem do símbolo olímpico.

A cidade já vivia o “clima olímpico” desde as primeiras horas da manhã. Para os esportistas que foram escolhidos numa relação de 40, o dia 29 de julho de 2016 está marcado para o resto de suas vidas. Tinha jornalista, medalhistas olímpicos, corredores de rua, árbitro de futebol… A relação é grande! Mesmo cercado por um forte aparato policial, eles foram saudados pelo público em geral.

Quem abriu o percurso da Tocha Olímpica foi ninguém menos do que Jorge Luiz Fernandes Leite, o medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980. Participante do quarteto, que tinha também a lenda brasileira Djan Madruga, o ex-nadador da seleção brasileira afirmou que se sentia muito emocionado e que era impossível descrever o momento que, segundo ele, marcou sua vida para sempre.

Na mesma linha de raciocínio seguiu o árbitro petropolitano José Cláudio Miranda, que há 17 anos atua em gramados e ginásios do município, além é claro de trabalhar com o paradesporto. Ao ser indagado pelo repórter sobre a condução da Tocha, devolveu da seguinte maneira: “dá para explicar?”. De fato, o tímido juiz de futebol conduziu o símbolo por 250 metros distribuindo sorrisos e dando adeus ao público.

O que dizer, então, de Luís Felipe de Azevedo, o Felipinho, detentor de títulos importantíssimos para o hipismo brasileiro. Com ele, o Brasil conquistou duas medalhas de bronze nas edições olímpicas de Atlanta (1996) e Sydney (2000), além de ter sido finalista em três etapas da Copa do Mundo de Hipismo. Para ele, a emoção de conduzir a Tocha é indescritível. 

E por falar em olimpíada, o jornalista da TV Globo Marcelo Courrege recebeu a Tocha das mãos de Jorge Luiz Fernandes e foi reconhecido pelo público durante o percurso, em especial o público feminino nas imediações da avenida Roberto Silveira. Ele se disse honrado com a presença no evento na Cidade Imperial e, a pedido da Tribuna, palpitou sobre o vôlei nos Jogos 2016, já que é setorista da modalidade. “Brasil tem chances de medalha sim”, afirmou.

O atletismo se viu representado por duas figuras com histórias diferentes no esporte, mas em comum trazem consigo o carisma que marca suas personalidades: Claudionor Mattos, o seu Nonô, foi sem dúvida um dos mais aplaudidos entre os esportistas. Na rua do Imperador, ele exibiu toda a sua alegria no dia em que completou 81 anos. E, ao entregar a Tocha no encerramento do revezamento para Fátima Bernardes, Henrique Viana fez questão de frisar que estava carregando “todos os amigos e atletas com quem trabalhou nos últimos 30 anos”,termina.

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