Estado avança no recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos

24/11/2020 18:29

Nos últimos dois anos, o Rio de Janeiro se destacou no ranking dos estados que apresentaram o maior crescimento no recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos. Ao todo, 80 toneladas desse material foram retiradas do campo, representando um aumento de 104,7%.

O trabalho realizado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (SEAPPA), por intermédio da Superintendência de Defesa Agropecuária, vem intensificando as ações de conscientização junto aos produtores rurais para a devolução das embalagens de agrotóxicos.

Em parceria com a Emater-Rio, as prefeituras municipais e associação de distribuidores, são realizadas diversas campanhas de recolhimento itinerante, com o objetivo de dar capilaridade à rede de postos de recebimento do estado. Além disso, são realizadas palestras sobre o processo de recolhimento das embalagens vazias de produtos agrotóxicos usados nas áreas rurais.

– É importante o trabalho de fiscalização nas propriedades rurais e nos comércios. O uso incorreto e excessivo de agrotóxicos pode causar sérios danos à saúde da população e ao meio ambiente. Essas ações têm como finalidade evitar a contaminação ambiental e a destinação correta das embalagens – afirma o secretário de Agricultura, Marcelo Queiroz.

 De acordo com o engenheiro agrônomo e coordenador de controle de agrotóxicos da Secretaria de Estado de Agricultura, Leonardo Vicente da Silva, as ações de controle e conscientização sobre o uso de agrotóxicos vêm gerando resultados positivos em todo o Estado e mostrando ao agricultor que a utilização desses produtos deve obedecer à legislação.

– O material recolhido, que deixará de contaminar o ambiente, será levado para reciclagem em local licenciado para este tipo de serviço – explicou Leonardo Vicente.

Legislação específica

Vale destacar que existe uma legislação específica que trata da obrigatoriedade do retorno das embalagens de agrotóxicos vazias, para evitar a poluição ambiental e o risco de acidentes que possam prejudicar a saúde humana.

Segundo o superintendente de Defesa Agropecuária, Paulo Henrique de Moraes, muitos produtores desconhecem essa obrigatoriedade e os seus riscos.

– Alguns chegam a reaproveitar as embalagens para transportar água, servir de recipiente para guardar ração animal ou até lançam de qualquer maneira pelos campos, podendo contaminar os córregos e o lençol freático nas suas propriedades. Além de perigoso, é ilegal – afirma Paulo Henrique.

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