Estado vai investigar morte de mulher com suspeita de sarampo no Hospital Unimed

30/08/2019 18:00

A diretoria do Hospital Unimed confirmou nesta sexta-feira (30) a morte de uma paciente que estava internada com suspeita de sarampo. Thaís Nascimento Paiva havia dado à luz um menino há nove dias e desde quarta-feira estava internada na sala vermelha do Hospital Unimed. Ela morreu durante a tarde com falência múltipla dos órgãos.

Sem dar detalhes sobre o caso o hospital garantiu que, desde a sua internação “vem subsidiando a vigilância epidemiológica do município, assim como fazendo as notificações compulsórias necessárias para o cumprimento da lei, permitindo às autoridades competentes exercer seu trabalho de forma profissional e confiável”. O bebê está sendo monitorado e passa bem.

Em nota, a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológia informou que vinha acompanhando o caso desde a última segunda-feira (26), quando a unidade hospitalar onde a paciente foi atendida notificou o setor de epidemiologia. O caso, segundo o órgão, está sendo acompanhado pela Secretaria de Saúde do Estado e o diagnóstico de sarampo ainda não é conclusivo. O material colhido para exame laboratorial após a morte da mulher passará por análise do Laboratório Noel Nutels, do Rio de Janeiro, unidade referência para o caso, e tem prazo de 7 dias para ficar pronto.

Como medida preventiva, a Secretaria de Saúde informou que “realizou o bloqueio de foco, aplicando a vacina em todos os profissionais de saúde que tiveram contato com a paciente e também nos familiares.

A Secretaria de Saúde frisou que que começaram a surgir casos de sarampo pelo Brasil, especificamente em São Paulo, o município vem adotando a orientação do Ministério da Saúde, ampliando a aplicação da vacina para menores de um ano, com idade entre 6 e 11 meses de vida. A partir de um ano de idade, a imunização já consta na caderneta vacinal. 

Para garantir a imunização, a Secretaria de Saúde já vinha orientando que as pessoas comparecessem às 15 salas de vacinas para verificação das cadernetas. O município garantiu que está com os estoques da vacina em dia. Atualmente, conta com 2.600 doses e na próxima terça-feira (3), outra remessa de 1.200 vacinas será disponibilizada para a cidade. O último caso de sarampo registrado em no país foi em 1997. 

Além das crianças entre 6 e 11 meses de idade que passam a receber a dose extra, a recomendação para a imunização contra o sarampo é que pessoas entre 1 e 29 anos e os profissionais de saúde recebam duas doses. Pessoas entre 30 e 49 anos, que ainda não foram vacinadas, precisam de uma única dose. A vacina não é indicada para gestantes e pessoas imunodeprimidas.

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