Estrada do Catobira se desmancha em buracos e poças d’água

A Estrada do Catobira, que fica em área nobre de Itaipava, está praticamente se desmanchando em buracos. Moradores reclamam do abandono que se torna cada dia mais evidente por conta da falta de capina e da retirada de entulho que fica jogado em plena região turística. 

Os buracos estão presentes principalmente no trecho de acesso ao bairro via BR-040, próximo à Escola Municipal Augusto Pugnaloni. Por lá é impossível passar de carro, moto ou até mesmo a pé sem cair num buraco. Em dias de chuva a situação é ainda pior: as crateras são cobertas por água e viram grandes ameaças aos veículos. “Eu já larguei mão disso. Não adianta reclamar. Não tem como eu asfaltar. Então vai ficar assim, até alguma autoridade passar por aqui e perceber as condições precárias nas quais estamos vivendo. É chato ficar pedindo. Mas é pior ainda não ser atendido”, contou Valdo Reis, 43 anos. 

Valdo reclamou também da falta de estrutura do bairro, que vive uma expansão imobiliária. “Itaipava está explodindo de tantos novos empreendimentos. Alguém precisa fazer alguma coisa. Se já não temos ruas e espaço, imagina saúde, segurança e educação?”, questionou, reclamando mais uma vez do abandono. 

Num trecho de mais de 100 metros da rua principal do Catobira, o mato passa dos dois metros de altura. “O mato está na altura do poste. Até um caminhão se esconde ali atrás sem que ninguém veja. Como deixam isso acontecer? No mínimo se leva mais de três meses para o mato chegar nessa altura toda. Isso se chovesse direto e se os moradores não cortassem. Vai ter o dia em que o nosso bairro vai sumir nessa floresta e eu vou dar graças a Deus”, brincou Valdo. 

Além dos buracos e do mato, o bairro ainda sofre com o entulho. Pelo menos três caçambas ficam em diferentes pontos da Estrada do Catobira, mas duas delas estão cheias, e uma só esvaziou porque alguns catadores recolheram o material. Debaixo do viaduto Bonsucesso I da BR-040, o que restou foi pedaços de madeira, papel e água parada, o que pode gerar um outro problema – a proloferação de mosquitos transmissores de doenças como a Dengue, o Zika e o Chickungunya.