Estrelas do esporte mundial não confirmam presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio
Duas ausências serão muito sentidas nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020: os já aposentados Michael Phelps e Usain Bolt. Será a primeira vez desde 2000 que as duas lendas olímpicas não estarão no maior evento esportivo do mundo. Por motivos diversos, no entanto, outras estrelas também podem ficar de fora da Olimpíada. Restando pouco mais de dois meses para o início dos Jogos, ainda não estão confirmadas as presenças de nomes como Kylian Mbappé e Mohamed Salah e os tenistas Rafael Nadal e Andy Murray.
O Paris Saint-Germain, por exemplo, faz jogo duro para liberar Mbappé à seleção francesa. O garoto de 22 anos tem idade olímpica, mas como deve disputar a Eurocopa com o time principal, em junho e julho, o clube não pretende que ele fique tanto tempo ausente.
“Não é porque ele está na lista que ele vai”, alertou o técnico do Paris Saint-Germain, o argentino Mauricio Pochettino, sobre a inclusão do craque em uma pré-lista de 80 convocados pela França para os Jogos de Tóquio. “Teremos de falar sobre isso com todas as partes, veremos”, despistou o treinador.
A imprensa francesa especula que, neste momento, parece improvável que o campeão mundial apareça na lista final de 18 jogadores e 4 reservas que o técnico da seleção Sub-21, Sylvain Ripoll, tem que apresentar para o torneio dos Jogos Olímpicos.
Situação semelhante vive o astro Mohamed Salah, do Liverpool. Ele quer participar do torneio de futebol da Olimpíada de Tóquio com o Egito. Sua convocação é apoiada pelo Ministério dos Esportes e pela Federação Egípcia de Futebol. Falta, no entanto, a liberação do clube inglês.
No tênis, o bicampeão olímpico (em simples e duplas) Rafael Nadal disse que ainda não decidiu se participará dos Jogos de Tóquio e afirmou que qualquer definição depende das “circunstâncias”. “Ainda não sei. Sinceramente, não posso dar uma resposta clara porque não sei. Não sei a minha programação. Em um mundo normal, eu nunca pensaria em perder os Jogos Olímpicos, é claro. Não há dúvidas. Todo mundo sabe. Sempre foi importante para mim estar nas Olimpíadas. Nessas circunstâncias (da pandemia), não sei”, explicou o espanhol número 3 do ranking da ATP.
“Vamos ver o que acontece nos próximos dois meses. Mas eu preciso organizar meu calendário. Em um ano normal, eu conheço meu calendário quase 100% de 1º de janeiro até o final da temporada. Este ano é um pouco diferente, não? Precisamos ser flexíveis. Precisamos nos adaptar às coisas que estão acontecendo”, acrescentou o campeão olímpico em simples em 2008 (Londres) e em duplas em 2016 (Rio de Janeiro).
Tóquio e outras cidades do Japão estão atualmente em estado de emergência por causa da pandemia de covid-19, medida que vai durar pelo menos até o final deste mês. Mais de 11 mil atletas de 200 países são esperados durante os Jogos Olímpicos, que serão disputados de 23 de julho a 8 de agosto.
No caso do ex-número 1 do mundo Andy Murray, ele quer disputar os Jogos de Tóquio, nos quais defenderia as medalhas de ouro de simples conquistadas em Londres-2012 e Rio-2016 para a Grã-Bretanha, mas o seu maior problema são as lesões que têm afetado sua carreira nos últimos anos.
Murray viu sua carreira interrompida desde 2017 por lesões no quadril e na virilha, com várias operações. A participação do britânico no Masters 1000 de Roma, inclusive, é considerada fundamental em seu processo de recuperação. “Quero jogar contra jogadores de alto nível possível, acho que isso vai me ajudar a melhorar meu jogo mais rápido”, explicou.