Estudantes desenvolvem projeto de estímulo à autoestima e à empatia

08/09/2019 17:30

Um trabalho de prevenção está sendo desenvolvido pelos alunos do SESI Petrópolis. O projeto busca levar o conhecimento a todos da escola sobre a importância de compreender o outro. 

Abordando temas como, autoconhecimento, autoestima e empatia, os alunos: Ayron Motta, Juliana Roque, Yuri Kneipp, Janaina Kelly, Maria Alice Fernandes e Bernardo Krischer – todos do 3º ano do ensino médio – convidam cada turma a participar de uma palestra com dinâmicas e roda de conversa, e assim, criam um espaço de diálogo com o outro.

“Isso tudo começou, quando refletimos sobre algumas situações que já havíamos passado, e não queríamos que outras passassem. Queremos mostrar que as pessoas podem e devem contar uma com as outras”, explicou a aluna, Juliana Roque, de 17 anos.

A iniciativa, que partiu dos próprios alunos, com o auxílio da professora de sociologia e as coordenadoras pedagógicas, incluindo na pesquisa realizada na própria escola, gerou comoção no corpo docente. “Em uma sociedade tão individualista como a atual, ter jovens preocupados com outros, é emocionante. O mundo precisa de pessoas assim que não pensem somente em seus problemas, mas que olhem para o outro, olhem para o lado e tentem entender, ouvir e ajudar aqueles que estão precisando de apoio”, relatou a coordenadora, Bianca Melo.

Para Ayron, a aceitação por parte dos alunos foi surpreendente: “A gente vê que as pessoas falam quando ganham espaço. Vimos que estamos conseguindo fazer a diferença aqui”, avaliou.

“Eu acho que se fosse uma pessoa de fora, eles não se abririam tanto, mas por eles já nos verem e nos conhecerem eles se sentem mais confortáveis, acho que o grande diferencial também, é a forma que você aborda a pessoa, que você busca conversar com ela, dando abertura para desabafar. Damos essa oportunidade para elas, escutamos elas”, contou Yuri.

Os alunos do 6º ano C, encontraram nos outros alunos, amigos que poderão contar para sempre. “Ver pessoas, que são mais velhas, se importando com a gente, trabalhando muitas coisas que valem a pena e que nos fazem refletir, foi uma experiência muito interessante”, disse Giovana Bassoto. “Foi uma sensação de que temos abertura para desabafar com eles. Eles tiveram muita empatia, ao desenvolver esse projeto”, continua André Luiz Lopes.

Ao todo, serão 13 turmas abordadas. No final do mês, será realizada uma reunião com os responsáveis para falar sobre os assuntos abordados e como os filhos reagiram à iniciativa. Além disso, os alunos têm o desejo de levar o projeto a outras escolas.

Para a psicóloga, Simone, o trabalho desenvolvido na escola, não exclui a necessidade de um profissional, porém, buscar entender os sentimentos dos outros é um passo importante na prevenção. “Isso facilita o processo de aceitação e respeito pelo outro e por si mesmo”, disse ela.

 

Meditação para todos

O Projeto Meditação para Todos aderiu à campanha do Setembro Amarelo. Os encontros realizados aos sábados terão temas especiais durante o mê de setembro para promover a reflexão. O tema do próximo encontro, que acontece no dia 14, será “Somos aquilo que fazemos para transformar o que somos”. Os encontros são gratuitos e acontecem todos os sábados, às 10h, no Museu Imperial. E não é necessário saber meditar.

Atendimento

Em Petrópolis, o atendimento a pacientes com distúrbios psicológicos é avaliado pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), com o serviço de urgência/emergência psiquiátrica durante 24 horas em regime de plantão no Hospital Municipal Nelson de Sá Earp (HMNSE).

O município também conta com outras unidades de atendimento psicossocial, como o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS AD III), um CAPSi Infanto-juvenil e outros dois CAPS, no Centro e em Itaipava. A rede possui ainda dois ambulatórios de Especialidades em Saúde Mental, no Centro e em Itaipava.

Ainda para a prevenção do suicídio, há o Centro de Valorização à Vida (CVV), uma instituição gratuita de atendimento telefônico através do número 188. Com o apoio emocional realizado por voluntários, pode-se falar sobre sentimentos, em um ambiente acolhedor e seguro. Esse apoio comprovadamente alivia a ansiedade, o desespero e conduz ao afastamento de eventuais pensamentos suicidas.

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