EUA estudam impor sanções a bancos e empresas, se Rússia invadir Ucrânia

28/01/2022 14:34
Por Dow Jones Newswires / Estadão

O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, estuda as sanções econômicas que pode impor contra a Rússia se o país atacar a Ucrânia – atingindo grandes bancos russos, empresas estatais e importações importantes, embora a estratégia enfrente obstáculos que dificultaram campanhas de pressão anteriores.

Autoridades do governo disseram que as ações planejadas estão sendo finalizadas e não têm precedentes nas últimas décadas. Embora as decisões finais não tenham sido tomadas, disseram as autoridades, os alvos potenciais incluem vários dos maiores bancos estatais da Rússia, como o VTB Bank, a proibição de todo o comércio de novas emissões de dívida soberana russa e a aplicação de controles de exportação em setores-chave, como a microeletrônica avançada.

Fora de consideração, por enquanto, estão as sanções às exportações de petróleo e gás natural ou a desconexão da Rússia do SWIFT, a infraestrutura básica que facilita as transações financeiras entre bancos em todo o mundo, disse um dos funcionários.

Esforços anteriores dos EUA para fazer guerra econômica produziram resultados mistos. O Irã e a Coreia do Norte, por exemplo, ajustaram-se ao longo do tempo a amplos embargos econômicos sobre seus programas de armas nucleares, embora não sem sofrimento contínuo para suas economias e seu povo.

Depois que a Rússia invadiu a Ucrânia em 2014 para anexar a Crimeia, o governo do ex-presidente Barack Obama mirou tecnologias de energia, dívida soberana e alguns bancos e empresas estatais, mas não causou danos profundos.

A Rússia está mais bem preparada agora, com maiores reservas em moeda estrangeira, menos dependência da dívida externa, crescimento econômico mais rápido e aumento dos preços do petróleo – a principal fonte de receita do país.

O papel da Rússia como principal exportador de petróleo e gás e sua integração econômica com a Europa já impediram os EUA de aplicar sanções amplas por preocupação de que elas afetariam os mercados globais e os aliados europeus.

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