EUA: Lula defende que partido indique outro nome caso Biden não tenha condições para concorrer
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, precisa avaliar se está em condições de saúde para concorrer à reeleição contra o ex-presidente Donald Trump. O petista disse ter um apreço pessoal por Biden, mas comentou que, caso ele não tenha condições para o pleito, o Partido Democrata precisa indicar outra pessoa.
“Eu pessoalmente gosto do Biden, já encontrei com o Biden várias vezes. Acho que o Biden tem um problema que ele está andando mais lentamente, está demorando mais para responder as coisas. Mas quem sabe da condição do Biden é o Biden”, comentou o chefe do Executivo brasileiro nesta segunda-feira, dia 1º, em entrevista à Rádio Princesa, de Feira de Santana, na Bahia.
Lula afirmou que uma pessoa pode mentir sobre sua condição de saúde para as pessoas, mas não pode “mentir a vida inteira para ele mesmo”. Diante disso, o petista defendeu que o presidente americano precisa “avaliar” suas condições de saúde para a eleição.
“O Biden que tem que avaliar. Se ele tá bem, ele é candidato, tudo bem achar que está em condições, ótimo. Mas, se ele não estiver [bem], é melhor eles [Partido Democrata] tomarem uma decisão”, comentou.
O chefe do Executivo brasileiro disse que achou “desagradável” e “chato” a forma como Biden foi exposto no primeiro debate eleitoral contra Trump na semana passada. Para Lula, “expuseram muito a fragilidade” do atual presidente americano.
“Do outro lado, um cidadão mentiroso porque, segundo o The New York Times, contou 101 mentiras no debate. E do outro lado, o Biden, com certa morosidade para responder as coisas”, contextualizou Lula.
“Fico torcendo pelo Biden. Deus queira que ele esteja bem de saúde, Deus queira que ele possa concorrer. Senão, o Partido Democrata pode indicar outra pessoa”, acrescentou.
Lula afirmou que a decisão de manter Biden na disputa é muito importante, uma vez que a eleição nos Estados Unidos afeta o mundo inteiro. “A depender de quem ganha, e de qual política externa que quer ter os Estados Unidos, a gente pode melhorar ou piorar o mundo”, comentou. “E acho que é importante levar em conta que é preciso melhorar o mundo.”