Excesso de cloro na água distribuída no Itamarati

Uma grande quantidade de cloro foi depositada pela Águas do Imperador na água enviada às residências das ruas Alberto Pullig e Marcolino Simões, no Itamarati. Desde domingo, a água está manchando roupas lavadas e provocando diarreia, irritação nos olhos e vômito em diferentes pessoas. O cheiro de cloro é fortíssimo. Hoje funcionários da concessionária estarão no local para acompanhar a situação e relacionar as casas atingidas para que se possa proceder desconto nas próximas contas.

De acordo com a moradora Sônia Gomes Pereira, que ligou para concessionária ontem pela manhã, um técnico foi enviado pela Águas do Imperador ontem mesmo à sua casa, por volta das 11h. Após realização de alguns testes, constatou-se que realmente o nível de cloro na água era grande. “Ele me pediu que esvaziasse minha caixa d'água e afirmou que eu teria desconto na conta por causa disso”, disse Sônia Gomes Pereira, que teve várias peças de roupa manchadas após lavá-las com a água.

Outros moradores relataram o mesmo problema, de ter roupas manchadas pela água, como a dona de casa Ângela Maria Peres, de 59 anos. Porém, o inconveniente não se restringiu à danificação de bens materiais. A água também acarretou problemas de saúde. Ângela conta que sua neta, recém-nascida, vomitou a noite inteira. Já a dona de casa Layla Câmara, de 22 anos, conta que o filho de dois anos ficou com os olhos vermelhos após o banho. Já a cozinheira Tânia Maria Veiga, de 55 anos, conta que está com diarreia e teve que jogar toda comida que cozinhara fora: “A comida ficou horrível! Tive que jogar tudo fora ontem”, disse. Todos relatam o cheiro fortíssimo de cloro que ficou nas casas por causa da água.

A Águas do Imperador informou que o acréscimo de cloro nas ruas Alberto Pulling e Marcolino Simões se deu por causa da obstrução de uma barragem em função das chuvas. Isso ocasionou redução na saída de água, mas não houve redução da quantidade de cloro. A concessionária também informou que a barragem já foi desobstruída, porém afirmou que “a injeção de cloro em momento algum ficou acima do permitido pela portaria 2.914/11, que determina o mínimo de 0,2mg/litro e o máximo de 5mg/litro. Hoje, quando nossos funcionários colheram água em várias casas, o nível de cloro estava em 0,5mg/litro”. Apesar disso, a Águas do Imperador afirmou ao jornal Tribuna de Petrópolis que concederá desconto nas próximas contas das casas atingidas.