Exigência da carteira de vacinação é para ‘garantir a proteção coletiva’ na volta às aulas, diz Bomtempo

04/02/2022 20:51
Por Redação/ Tribuna de Petrópolis

O prefeito Rubens Bomtempo e secretários municipais se reuniram nesta sexta-feira (4) com o representante do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe-RJ), José Drummond, para esclarecer e alinhar alguns pontos sobre o decreto que normatiza a volta às aulas no município. Na ocasião, o prefeito reforçou o posicionamento do governo municipal em relação à defesa da vacinação para crianças e profissionais da educação que retornarão às aulas nas próximas semanas. 

Durante a tarde, houve uma manifestação na porta da sede da Prefeitura organizada por responsáveis por alunos, principalmente, da rede privada cobrando da Prefeitura a retomada presencial de todos os alunos. Representantes do grupo também foram recebidos pela equipe de governo. 

“A nossa orientação e linha de ação é na defesa da ciência, da vacina e a favor da vida, sem espaço para o negacionismo. Cabe ao município fazer um documento norteador, que inclui a apresentação da carteira de vacinação para garantir proteção coletiva, pois, além das crianças e profissionais se protegerem, a transmissibilidade do vírus diminui. Entendemos que a responsabilidade é de todos”, disse o prefeito Bomtempo.  

Nesta sexta-feira (4),a Região Serrana foi colocada como região de alto risco (alerta vermelho), após apresentar situação moderada (alerta laranja) na última semana.  “O momento atual é diferente do cenário observado em novembro do ano passado, e certamente o cenário daqui a algumas semanas também será outro. Por isso, a situação é monitorada permanentemente pelo Comitê Científico de Enfrentamento à Covid-19, grupo criado pela atual gestão com especialistas”, disse o secretário de Saúde Marcus Curvelo.  

De acordo com a secretária de Educação, Adriana de Paula, a recomendação da carteira de vacinação é importante para que as próprias escolas acompanhem a situação do aluno. “A carteira de vacinação aponta o histórico de saúde e ajuda na proteção à criança”, lembrou.   

“Voltar às aulas, mas respeitando condições sanitárias” , diz Sinepe

De acordo com a Prefeitura, durante a reunião, José Drummond apresentou o panorama da rede particular de ensino, que, de acordo com o Sinepe, tem cerca de 20 mil alunos em Petrópolis. “A nossa intenção é orientar as escolas no sentido de cumprir todas as exigências legais e sanitárias. Estamos com o firme propósito de voltar às aulas presenciais, pois entendemos que o momento da pandemia é outro, mas respeitando as condições sanitárias de cada município”, disse.  

Bomtempo esclarece medidas para representantes dos pais de alunos

Bomtempo se reuniu com uma comissão de mães de alunos da rede particular de ensino, formada por Mariana Sindorf, Fabiana Diniz Simões, Mirian Borges dos Anjos e Kátia Matura Werneck.     

De acordo com a Prefeitura, ao grupo, o prefeito destacou que a reavaliação do Comitê Científico, no dia 8, tem o objetivo de garantir maior legitimidade para as decisões. “A tendência é de que o momento epidemiológico seja melhor na próxima semana. No entanto, precisamos ter respaldo da ciência e, por isso, preferimos aguardar, por prudência, mais uma semana”, afirmou o prefeito.  

“Saí daqui com a sensação de que fomos ouvidas e de que as recomendações que passamos foram ponderadas pelo governo municipal. Temos a expectativa de que a reunião contribuiu para a visão do que as famílias e as crianças passaram neste período”, disse Mariana Sindorf.  

O que diz o decreto  

Na rede particular, as aulas presenciais estão autorizadas para alunos maiores de 12 anos a partir da próxima segunda-feira, dia 7. Crianças de 5 a 11 anos poderão ter aulas remotas na rede privada já a partir do dia 7, com previsão de retorno presencial a partir do dia 14. Na rede municipal de ensino, as aulas presenciais também estão previstas a partir do dia 14 de fevereiro para todos os alunos. Todas as medidas foram recomendadas pelo Comitê Científico de Enfrentamento à Covid-19.  

O decreto, embasado em nota técnica do Comitê Científico, segue as diretrizes estipuladas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Nota Técnica do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG), além de decisões do Supremo Tribunal Federal.

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