Exposição celebra o encontro das artes moderna e contemporânea na Casa de Petrópolis

11/02/2021 18:34
Por Redação / Tribuna de Petrópolis

Um verdadeiro encontro entre as artes modernas e contemporânea pode ser conferido até o mês de maio na Casa de Petrópolis. O espaço que fica na Avenida Ipiranga está abrigando a mostra intitulada “XIX, XX, XXI” que reúne três gerações de artistas consagrados nacional e mundialmente, criando uma ponte entre passado, presente e futuro. A exposição marca a reabertura do casarão histórico ao público e faz parte do roteiro da visitação ao espaço.

A mostra apresenta obras de artistas de importância histórica para as artes plásticas, sendo alguns moradores de Petrópolis. Essas obras, que normalmente só podiam ser vistas no ateliê do artista Luiz Aquila, idealizador da exposição, estão acessíveis ao público na exposição presencial, respeitando todos os protocolos de segurança sanitária da pandemia.

A exposição apresenta duas gravuras de Roberto Burle Marx, grande nome do paisagismo brasileiro, mas reconhecido internacionalmente como um artista múltiplo. De Beatriz Milhazes, o público poderá conferir sua única escultura, com forma recorrente na obra da artista dos anos 1980. Dessa década, também estão trabalhos da primeira fase de Daniel Senise e uma obra de Claudio Kuperman, ambas pinturas sobre papel.

Djanira, artista exponencial do modernismo, utilizou em sua obra cenas brasileiras e também assuntos religiosos, como o “Anjo da Paz” que faz parte da exposição: pintura sobre papel, realizada na década de 1950, em plena Guerra Fria. A artista chegou a morar em Petrópolis, muitos anos depois de realizar o impactante painel, localizado no Liceu Municipal, sobre as atividades produtivas em Petrópolis.

Já a imagem da serigrafia de Lauro Cavalcanti, que também compõe a mostra, foi usada inicialmente como capa da publicação “Arquitetura Kitsch Suburbana e Rural”. O artista também assina o texto de apresentação da exposição XIX, XX, XXI.

Também estão expostas obras de outros artistas residentes em Petrópolis, como o escultor Marcelo Lago, com uma peça composta de cilindros azuis, em várias direções, em contraste com a sala dourada do século XIX. Na mesma sala, cerâmicas lúdicas de Bel Figueira e Melo. Na sala de Música, obras da pintora e ceramista Ana Rondon e fotografias de Antonia Dias Leite.

Além desses artistas, obras de Adriano Mangiavacchi, Alcides da Rocha Miranda, Jeannette Priolli, John Nicholson, Julia Miranda, Luiz Aquila, Maciej Babinski e Nelson Maravalhas podem ser vistas na mostra “XIX, XX, XXI”. A exposição conta ainda com obras de Athos Bulcão, conhecido pelos seus painéis monumentais e sua pintura.

“Sou colecionador por acaso. Como artista, fui presenteado com obras de meus colegas assim como também adquiri algumas”, conta Luiz Aquila, acrescentando que para ele é uma alegria poder dividir com o público sua coleção de uma maneira ainda mais especial sendo no casarão que pertenceu a seu bisavó e sua avó. “Este é um local onde passei os melhores dias de férias da minha infância”, lembra o artista.

Segundo Rachel Wider, diretora executiva da Casa de Petrópolis Instituto de Cultura, a ideia é que o local seja mais do que um museu, mas sim um ambiente em que o petropolitano e o turista possa frequentar, seja para ver as exposições, assistir aos concertos ou até mesmo para curtir o belo jardim. Em apenas dois meses mais de 2 mil pessoas já visitaram o espaço, de acordo com Rachel. O ambiente segue todos os protocolos de segurança contra a covid-19.

“A Casa está passando por um período de renovação para poder preservar suas memórias material e imaterial, contemplando visitas ao interior, exposições históricas, atividades culturais, contribuindo não só para o turismo da cidade como também para oferecer uma programação de qualidade”, diz Rachel.

Quem quiser mais informações sobre a agenda cultural do espaço pode acessar os perfis “Cultura Casa de Petrópolis” no Facebook e Instagram.

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