Exposição no Centro de Cultura conta História da Indústria em Petrópolis

19/06/2017 10:10

A história de grandes empresas de Petrópolis está sendo contada numa exposição detalhada no Centro de Cultura Raul de Leoni. Lá estão presentes stands com a cronologia dos fatos históricos e exemplos dos principais produtos e edições especiais de cada uma delas. O projeto é da Firjan – Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, e tem como principal objetivo mostrar à população a importância e contribuição de cada uma delas, com o desenvolvimento da cidade. 

A indústria mais antiga é a Cervejaria Bohemia. Fabricada pela primeira vez em 1853, por iniciativa do empresário alemão Henrique Kremer, a Bohemia foi a primeira cerveja fabricada no Brasil. E sua primeira produção ocorreu na fábrica em Petrópolis. A cervejaria preservou as características alemãs da época, e produzia inicialmente seis mil garrafas por mês. O produto era distribuído em Petrópolis e no Rio por meio de charretes. Depois de anos desativada, com produção sendo realizada em outras cidades, a Cervejaria Bohemia foi reaberta em Petrópolis no ano de 2012, com um centro de produção e experiência cervejeira aberto à visitação. Hoje, a fábrica, que fica na Rua Alfredo Pachá, no Centro, produz 200 mil litros por ano, e recebe 11 mil visitantes por mês. A marca é líder na categoria Cerveja Premium no Brasil, e vale mais de R$ 428 milhões. 

Um outro grande destaque do cenário industrial de Petrópolis é a Fábrica de Vassouras Rossi. Fundada em 1865 por João Rossi, a marca começou a fabricar vassouras, tamancos e pincéis  num galpão na Rua Pedro Elmer, Itamarati, no início do século passado. Hoje a Rossi produz cerca de 50 mil vassouras por mês, e mais de 600 mil por ano,  utilizando matéria-prima 100% brasileira, numa fábrica no distrito de Itaipava. A empresa é a 3a no ranking nacional e líder regional em vendas num raio de quase 500 quilômetros. 

Assim como a Vassouras Rossi, a fábrica de camisas Braziline, que começou como uma pequena confecção com loja na Rua Teresa, hoje é uma das maiores fábricas de produtos licenciados do país.  A empresa produz em Petrópolis mais de 1 milhão de produtos por ano, sendo 300 mil deles licenciados pelo Flamengo e o restante entre outros 12 clubes do país. 

Além destas três empresas, estão com a história em exposição a Werner, que produz tecidos nobres e é exemplo em gerenciamento de resíduos e redução de dano ambiental, a Universal Ferragens – produtora de máquinas de café e outros produtos industriais, a Bauhaus Incorporação, Mimo estofados, Alfa Laval Aalborg, GE Celma, Editora Vozes e a Carl Zeiss, alemã, que mantém uma grande fábrica na cidade. 

A presidente da Representação Regional da Frijan, Wautraud Keuper definiu a exposição como uma forma de agradecimento. “É uma forma de agradecer à todas as indústrias da cidade, mesmo àquelas que já encerraram suas atividades, pela contribuição durante todos esses anos. Queremos mostrar como as indústrias foram importantes para o desenvolvimento do município que viu sua vocação se fortalecer ao longo do tempo até a formação de um grande polo tecnológico”, completou. 

A mostra que começou no fim de maio fica em cartaz até o dia 26 deste mês na Galeria Aloísio Magalhães no Centro de Cultura Raul de Leoni.

SERVIÇO

Exposição “A Indústria, a Cidade e o seu Desenvolvimento”

Data e hora: 29 de março a 26 de junho, de segunda à sexta-feira, de 10h às 17h

Local: Galeria Aloísio Magalhães no Centro de Cultura Raul de Leoni – Praça Visconde de Mauá, 305, no Centro.

Entrada Gratuita

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