Fácil, resistir ao mal?

22/04/2017 13:20

Sim, será sempre fácil se restringir ao mal, principalmente, quando um Bem maior preenche nossa alma.

Será fácil evitar a presença de maus pensamentos em nossa mente, diante dos fatos corriqueiros, que nos envolvem nos labores diários.

Será fácil percebermos o mal, se estivermos firmes no percurso diário, em nossas convicções cristãs na emissão de pensamentos e palavras, a nos regerem todos os atos da caminhada terrena ou espiritual.

Essa distinção se dará se já nos soubermos manter lúcidos quanto às mensagens que se repercutem nos séculos, deixadas pelo Mestre Nazareno.

Sempre fácil, quando a lucidez nos aponta os verdadeiros valores e sentimentos, reais apontamentos que transitam nas esferas sublimes.

Difícil, porém, se as prontas afinidades inferiores estiverem incluídas em nosso proceder, no percurso mental, nas atitudes que se delineiam em semelhança, nas fragilidades dos sentimentos e nas imprudências em atitudes.

Realmente, irmãos, o mal se tem estabelecido na esfera por ser irmão gêmeo das aspirações de Espíritos em semelhança, voltado aos restos da animalidade que nos tangenciou em pretéritos reinos frequentados por nós, na caminhada cármica.

Quando, porém, nos livraremos do mal, dos momentos que estão acumulados de viciações, de deturpações morais, de lastimosos envenenamentos mentais, de luxúrias e prostituições de todas as espécies?

Quando as almas conseguirão afastar-se das perniciosidades da materialidade e se olharem como Espíritos a caminho de um processo evolutivo, espiritual e humano?

Quando os alicerces, que detemos dentro de nós, estarão firmados, a que possamos promover esta reforma íntima tão esperada pelo Senhor da Vida?

Quando os lamentos constantes e as revoltas cessarão, a trazer o entendimento de que somos todos almas em exteriorização e extirpação de chagas, remorsos e degenerações, angariados no decorrer de cada vivenciação?

Quando e de que modo nos conseguiremos desprender das viciações, das injúrias, das inadimplências, dos excessos e das posturas infames que deturpam a moral e o caráter, arrastando almas e trazendo distúrbios e sofrimentos a comunidades inteiras e a nós mesmos? 

Sim, quantas vezes já executamos procederes indignos que nos distanciam do Altíssimo?

Na verdade, tudo se encontra diante de nossa vontade, de um entendimento maior da realidade em que vivemos, do fato de termos uma estrutura fantástica que se manifesta à livre disposição de nós mesmos, de sentimentos alinhados e esculpidos por nosso livre arbitramento.

Sim, tudo irá sempre depender de nós. O circuito vivencial é proposta a desenvolvimento, mesmo que esse percurso seja difícil e duro, tudo estará em nossas mãos, no entendimento e na compreensão de que não viemos à vida carnal densa para obter angariamentos ilusórios, que serão deixados para trás.

Não, viemos para algo muito mais sublime, para que, nesse livre processo de alinhamento de nossas energias, nos possamos aproximar das esferas sublimes, extirpando os tantos edemas que se vêm alicerçando em nosso corpo energético.

Ao Mal dispõem-se o Bem e, enquanto este Bem não prevalecer nesta esfera, as almas irão sofrer as próprias consequências dos malefícios que causaram a si mesmas e a seus semelhantes.

Ultimemos em nós a firme vontade de alinhar fatores positivos em nossos caminhos; observemos quanto as atitudes desonestas, viciosas, ultimistas e doentias nos afetam e, mesmo que possamos achar que tudo está certo a nos beneficiar, saibamos que os caminhos para o mal serão acessos fáceis a almas frágeis e enfermiças, mas que as estradas em direção ao Bem maior são pedregosas e difíceis, pois teremos que ter uma plena disposição para sair do lamaçal pernicioso, a atingirmos o ápice das montanhas que alinham amor, paz e verdades, caminhos estes distantes daqueles que ignoram que detêm a essência divina, a nos dispor um traçado de aprendizado e crescimento.

Jesus nos observa a todo o tempo e nos impulsiona a buscar os caminhos do Bem, este, suave e lúcido, quando descobrimos o quanto seremos felizes nesta observância do jugo do Mestre Nazareno.

A escolha, irmãos, sempre será nossa: alimentaremos a animalidade de tempos idos ou nos permitiremos crescer na espiritualidade que nos tange?

O caminho está aberto, a subida é árdua, difícil e exigindo esforços, mas a Luz de cima sempre nos ajudará e impulsionará, quando exigirmos fé, amor e verdade ao âmago de nós mesmos.

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