Falência do Rio de Janeiro…e aí?

16/11/2016 12:00

O Estado do RJ declara sua falência financeira. Uma queda brusca da arrecadação colocou a receita longe das despesas. O cálculo oficial prevê um rombo de 17 bilhões no ano de 2016. Uma inadimplência generalizada, com o atraso de salários e a falência do sistema de saúde e os demais programas sociais.

O Governo Federal, também em crise (rombo estimado de 170 bi anual) não pode socorrer o RJ e os demais Estados que estão, também, em situação falimentar.

O cerco fechou de todos os lados. Porém apontar as causas (já conhecidas) pela insolvência financeira não traduz nenhuma solução prática. Já foram identificados os motivos da crise e seu diagnóstico. Começando pelo Governo Federal que tem uma dívida estimada entre 3 a 4 trilhões de reais (os dados não são transparentes), com uma taxa de juros exorbitante (divulgam entre 19 a 25% anuais), o Governo Federal paga em torno de 600 bilhões anuais de juros. 

Na prática, se houvesse uma negociação dessa dívida (que inclui uma moratória temporária e uma menor taxa de juros) o País sairia da crise fácil e imediatamente (nos níveis federal e estadual).Um problema que teria uma solução matemática muito fácil, mas que esbarra numa imensa dificuldade política.

Não adianta mais apontar culpados e somente atacar, é preciso uma posição clara sobre esse endividamento, e uma obsessiva pauta de reivindicação (movimento de rua/rede social e demais) para criar no Governo Estadual uma representatividade, que terá, então, o cacife para propor as devidas medidas ao Presidente da República junto (e contra) o sistema bancário (ou banqueiro). 

O Brasil não suporta pagar 600 bilhões de juros anuais (ou mais), as chamadas reformas não terão o poder de equilibrar as contas nacionais. É urgente e imediata a necessidade de um movimento de base, organizado, apresentando o tema único da renegociação da dívida. Os demais argumentos podem e devem ser descartados. Este é o Plano B.

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