Falhas em terminal da Riocard geram prejuízos a usuários da integração

30/01/2018 14:50

Os passageiros que utilizam o cartão Riocard encontraram dificuldades para inserir recargas neste último fim de semana. Isso porque a máquina de autoatendimento que fica no Terminal Rodoviário Imperatriz Leopoldina, no Centro, estava fora de serviço. A única loja do Riocard que funciona na Praça da Inconfidência, também no Centro, não funciona aos sábados e domingos, quem precisou utilizar o serviço teve que aguardar até esta segunda (29) pela manhã.

O funcionário público Leonardo Magalhães, morador da Mosela, contou que costuma fazer as recargas nas máquinas de autoatendimento, porque utiliza com frequência o sistema de integração entre os ônibus para ir até a casa de familiares na 24 de Maio. “Eu faço a recarga no cartão para poder usar a integração, ai chega o fim de semana e a máquina não está funcionando. Obriga os passageiros a pagar duas passagens”, reclamou o usuário.

No início da tarde de segunda (29), a máquina já estava funcionando. Mas os usuários relatam que o problema já acontece há mais tempo. “Isso já não é a primeira vez, vira e mexe e a máquina está em manutenção. As vezes até a noite está desligada. Parece que é proposital. Nos horários que a loja da Riocard está fechada a máquina também não está funcionando”, reclamou Maria Aparecida, moradora do Quitandinha. 

Em nota a Riocard lamentou os transtornos e informou que no fim de semana, uma nota teria ficado presa, o que comprometeu o funcionamento do equipamento. A empresa monitora os terminais de autoatendimento em tempo real, acionando as equipes responsáveis pela manutenção sempre que necessário. E destacou que o uso de cédulas rasgadas, amassadas ou molhadas comprometem e inutilizam o equipamento, prejudicando diretamente o usuário. 

A RioCard lembra, ainda, que seus cartões podem ser recarregados através do Recarga Fácil (recargafacil.riocard.com), pontos credenciados (www.cartaoriocard.com.br/rcc/institucional/onderecarregar) ou loja RioCard que fica na Pça da Inconfidência, 22 – Centro, de segunda à sexta de 08h às 18h.

Para recarregar no Recarga Fácil, basta digitar o número do cartão, o valor da recarga e fazer o pagamento por boleto ou débito em conta. A recarga pode ser feita por computadores, smartphones e tablets.

Sem acesso a saldo em cartão de passagem

A maior parte dos trabalhadores conta com o vale-transporte todo mês para conseguir chegar até as empresas em que trabalham. Para isso existe o sistema de RioCard onde as passagens são recarregadas nos cartões Bilhete Único de forma automática, logo após o pagamento realizados pelos empregadores. Pelo menos deveria ser assim. Apesar de ser um procedimento de praxe tem petropolitano que não sabe como voltará para casa hoje, o motivo: a falta de repasse do vale-transporte no cartão do funcionário. 

A recepcionalista Adriana Pedreira Paiva é uma dessas pessoas. A funcionária está há dois meses sem receber o benefício mesmo tendo crédito. Os valores depositados em novembro e dezembro, um total de R$ 327,80, não foram repassados para o bilhete único. O mês de novembro não houve depósito por ela estar de férias. Diante do impasse Adriana pediu ajuda da empresa que trabalha na tentativa de descobrir o problema, e foi informada após o setor responsável entrar em contato com a RioCard, que apesar de o crédito constar no sistema era necessário que ela tivesse ao menos R$ 10 recarregados no cartão para liberação do saldo.

“Eu nunca vi isso! Se a recarga é automática como eu preciso ter determinado valor para conseguir ter acesso a um direito meu? Sem contar que se existe recarga mensal, pois o valor acaba, não faz sentido precisar ter crédito no cartão. Como se não bastasse resolvi ir ontem na sede da RioCard, que fica na Praça da Inconfidência, e uma das atendentes mês disse que o valor não estava disponível por que era muito alto e não cabia no cartão. Como pode ser?”, reclamou revoltada. 

Adriana contou ainda que possui saldo para ir trabalhar hoje mas já não sabe como voltará para casa. “Vou ter que ver como faço! Mas é um absurdo trabalharmos, pagarmos junto com a empresa por um benefício e não conseguir usar por falta de organização do prestador”, afirmou indignada. 



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