Falta de reboque agrava problema de estacionamento irregular
Quem delimita a vaga de estacionamento no município, ao que tudo indica, é o próprio motorista. Em cima das calçadas, no meio das curvas e até fechando passagens, inclusive de ônibus. Há quase seis meses sem o serviço de remoção e retenção de veículos (os reboques) quem estaciona em locais proibidos dificilmente tem os veículos removidos, como prevê o Código Brasileiro de Trânsito. A Prefeitura afirma que o serviço está sendo feito pela Polícia Militar, mas, em nota, a PM negou a informação.
O edital de licitação para contratação de uma empresa para fazer o serviço de remoção, retenção e depósito de veículos automotores no município foi recusado pela segunda vez pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) em abril. Quase um mês após as exigências de correção no edital, a Prefeitura ainda não informou quando enviará um novo modelo para o TCE, mas afirma que está buscando viabilizá-lo para atender as exigências do Tribunal.
Neste jogo de empurra, quem sofre com a falta do serviço são pedestres e motoristas. Nesta semana, na Floresta, o ônibus da empresa Cidade das Hortênsias que faz a linha 302 teve o itinerário interrompido porque um carro de passeio estava impedindo a passagem do coletivo. O mesmo aconteceu na Duarte da Silveira, onde o ônibus da empresa Cidade Real que faz a linha 117 também foi impedido de cumprir o itinerário, por causa de estacionamento irregular.
E o problema não fica restrito aos bairros: na Avenida Barão do Rio Branco, principal via de acesso até Correas e Itaipava, na altura do Retiro, não há limites para o estacionamento irregular. Sobre o acostamento, nas passagens de pedestres e até em filas duplas. Além do gargalo existente por causa do afunilamento da via, o estacionamento irregular agrava o congestionamento no trecho.
Entenda: o contrato da empresa Rodando Legal, que prestava o serviço no município deste 2014, terminou em dezembro. Os veículos que estavam no depósito no Morin foram transferidos para o depósito da empresa em Três Rios. No ano passado chegou a ser feito um leilão com os veículos não recuperados.
Já neste ano, em janeiro, a Prefeitura informou que, emergencialmente, o serviço estava sendo executado pela própria CPTrans, com a contratação de prestadoras de serviços de acordo com as demandas. Na época, a companhia informou que, habilitada pelo Detran, a companhia poderia encaminhar os veículos para terrenos no município, como o da Mosela. Já em fevereiro, a Prefeitura informou que quem estava fazendo o serviço era a Polícia Militar, informação que não foi confirmada pela corporação na época, e foi negada ontem pela PM, por meio de nota.