Entre os medicamentos que estão em falta estão a Amoxicilina e Amoxicilina com Clavulanato, segundo o diretor do Hospital Municipal Nelson de Sá Earp, o médico Geraldo Menezes. No município, esses medicamentos já não estão sendo encontrados nas farmácias e esse déficit preocupa profissionais da área da saúde, já que são muito prescritos para as crianças.
Os médicos, inclusive pediatras, estão recorrendo a outras opções de medicamentos. Em caso mais graves, é necessário interromper os tratamentos devido à dificuldade para encontrar essas medicações nas farmácias. A Amoxicilina, por exemplo, é um antibiótico usado para tratamento de infecções de origem bacteriana. O medicamento, que é oferecido de forma líquida para as crianças, não é fornecido pelo SUS.
O motivo do desabastecimento é mundial. Segundo a Secretaria de Saúde e entidades responsáveis, o Ministério da Saúde está com problemas no fornecimento devido a dificuldade de importação dos insumos por conta da Guerra na Ucrânia, do lockdown na China e movimentos de protesto de funcionários em portos e aeroportos.
Realidade em Petrópolis
Daniele Pacheco é gerente de uma rede de farmácias no munícipio e disse à Tribuna que realmente está ocorrendo um déficit na entrega de medicamentos, principalmente os pediátricos. Medicamentos como o Clavulin de 400mg e os antigripais estão em falta nas lojas.
Além dela, outro gerente de uma rede de farmácias em Petrópolis, confirmou que as distribuidoras não estão fornecendo medicamentos e que diversos deles já não são encontrados nas drogarias. Além da Amoxicilina e Amoxicilina com Clavunalato, estão a Cefalexina Líquida, Acetilcisteína e xaropes. Segundo o gerente, todos os antibióticos infantis, de um modo geral, não estão sendo entregues desde o início do ano.