Falta esperança

09/09/2018 07:00

Fico intrigado com as prioridades da Prefeitura. Dou um exemplo: a Rua Monsenhor Bacelar com seu grande fluxo de carros, caminhões e ônibus totalmente esburacada, quase intransitável na pista da direita, e a rua Tereza recebe cobertura asfáltica que nem estava a necessitar.

Parte da Rua do Imperador também foi contemplada, aguardamos que seja em toda sua extensão e dos dois lados. Essa se acontecer merece aplausos. Com relação às demais, como por exemplo, a Visconde do Bom Retiro não vejo a mínima lógica nestas intervenções. Aliás, há muito tempo, vejo falta de coerência neste governo. 

Coerência e equilíbrio são alguns dos atributos que se espera de uma gestão. O governo ganhou a queda de braço para com o professorado, mas a custo de um desgaste de 30 dias e humilhação de uma classe. Este custo terá por certo, um imenso peso político. Tenho escutado de pessoas próximas ao governo que ainda restam 27 meses de governo ou 25 para as próximas eleições municipais e ele ainda poderá recuperar esta perda de terreno e prestígio. Encaro esta afirmação com um certo ceticismo: teria que fazer muito, realizar o que nem planejado está, para reverter este quadro.

Estamos a vivenciar um panorama complicado no Estado: ganhe quem ganhar nada fará no primeiro ano e nada repassará aos municípios. Então Petrópolis não poderá contar com ajuda do próximo governador tão de pronto; restar-nos-á contar com nossos próprios recursos e com muita criatividade. Assim, explico meu ceticismo, como disse acima, como realizar e fazer o que nossa cidade está precisando, sem os necessários recursos.

Outrossim, a farra dos gastos que não será contida, podem ter certeza, está no DNA do MDB, que não sabe agir de outra forma. Não podemos esperar que eles reaprendam, até porque não querem e não há humildade para uma "mea culpa" com mudanças de rumo.

Não sou crédulo de que vamos melhorar e que este governo irá se salvar. Apesar de meus sentimentos serem contrários a isto, gostaria muito que Petrópolis tivesse um rumo, uma gestão próxima da população; gostaria muito de que as coisas estivessem acontecendo, mas aprendi que "um homem, porque não tem senão uma vida, jamais saberá se errou ou acertou ao obedecer um sentimento ".

Lamento ter que admitir que meus sentimentos estão equivocados e que mesmo que eu torça e queira um governo que dê esperanças de realizações ao povo petropolitano, não as teremos.

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