Família Acolhedora organiza atividade para atrair voluntários para o serviço

16/04/2019 11:49

O serviço Família Acolhedora organiza mais um Chá Acolhedor, que será realizado no mês de junho com o objetivo de atrair novos voluntários interessados em amparar crianças em situação de vulnerabilidade social. O evento é uma das formas de ingressar no serviço que capacita famílias para prestar assistência aos menores de idade afastados da família biológica por decisão judicial.

O trabalho voluntariado é aberto a todos e o Chá Acolhedor é um canal para conhecer o serviço que vem sendo desenvolvido para o preparo das famílias. Os interessados já podem confirmar presença pelo telefone (24) 2249-4319. O Família Acolhedora é uma alternativa aos orfanatos. A proposta é manter as crianças que, por segurança, precisaram ser afastadas das famílias biológicas, e são encaminhadas para o acompanhamento de uma família substituta.

Os voluntários, que passam por treinamento, não podem ter interesse em adoção. Eles permanecem com as crianças e adolescentes, oferecendo todo o suporte necessário para o desenvolvimento do menor. “Esse é um trabalho de grande valor e é desenvolvido por uma equipe capacitada. O objetivo é garantir a segurança e o desenvolvimento dessas crianças, mas, acima de tudo, mantê-las em um ambiente de afeto”, destaca prefeito Bernardo Rossi.

As famílias aptas a receber as crianças passam por capacitação, com nove encontros com as psicólogas, assistentes sociais e demais profissionais do serviço. Os interessados participam de palestras sobre temas diversos, entre os quais, o desenvolvimento da criança e adolescente, traumas psicológicos que as crianças podem apresentar, política municipal de assistência social, abuso sexual, alienação parental, entre outros.

Cada criança pode ficar cerca de dois anos com a família substituta, tempo em que serão avaliadas questões sociais que possibilitem o retorno ao convívio da família biológica ou defina o encaminhamento para a adoção.  Foi o que aconteceu com a primeira criança acolhida em 2018. Após um ano sob o amparo da família substituta, será adotada e terá um novo lar definitivo. “Tivemos um resultado bastante positivo com a primeira família acolhedora. Temos agora a segunda criança em acolhimento. Estamos trabalhando para disseminar esse serviço e conquistar novos voluntários”, destaca a secretária de Assistência Social, Denise Quintella.

Até que se defina o destino do menor, são buscadas todas as tentativas de reinserção ao convívio com a família biológica. A determinação de encaminhamento para a adoção é dada pela Vara da Infância e Juventude, após a constatação da impossibilidade de reingressar ao lar de origem. Nesse período de tempo em que ainda não há destino certo para as crianças, a famílias acolhedora tem um importante papel para o bem-estar das crianças e adolescentes.  

Serviço atrai voluntários no acolhimento ou na multiplicação do trabalho

Após conhecer o trabalho, a professora e assistente social, Maria Angélica Antunes, 50 anos, se tornou uma multiplicadora e vem sendo voluntária desde 2016 na organização dos Chás Acolhedores. Foi no primeiro evento realizado há três anos que surgiu a primeira família acolhedora. Por saber da complexidade e importância do trabalho, todos os anos os eventos são realizados com o objetivo de disseminar o serviço. “A proposta é mostrar o que é o serviço. A família acolhedora é um ato amor. Acolher uma pessoa que necessita é garantir uma oportunidade”, destaca Maria Angélica.

Quando não há a possibilidade de se alcançar acolhedores, durante os chás, o serviço amplia o número de pessoas que atuam como multiplicadores. “Esse é um momento importante em que apresentamos todo o trabalho realizado. Muitas das vezes as pessoas não se sentem preparadas para acolher, mas passam a contribuir com o serviço”, destaca a coordenadora do Serviço Família Acolhedora, Graciele Vanzan. Desde que o serviço foi retomado em 2016, foram formadas três turmas de preparação, a partir das quais, sete famílias se tornaram aptas a acolherem crianças e adolescentes.

Quem pode ser acolhedor?

Para se credenciar como Família Acolhedora, os interessados devem procurar os profissionais do serviço e agendar uma entrevista. É necessário ter disponibilidade de tempo e afeto para cuidar da criança, idade entre 24 e 65 anos, boa saúde e zelar pela saúde da criança, garantir a frequência em escola. Além disso, é preciso que o interessado não esteja respondendo a inquérito policial ou envolvido em processo judicial e ter residência fixa no município.

O município disponibiliza subsídio financeiro à Família Acolhedora, nos valores equivalentes a meio salário mínimo ou um salário mínimo nos casos em que a criança ou adolescente a ser acolhido seja pessoa com deficiência. Para mais informações, a Secretaria tem disponível o telefone (24) 2249-4319.O serviço, que é mantido com verba do Governo Federal, recebeu essa semana apoio do Conselho Municipal da Criança e Adolescente que repassou auxílio proveniente do Fundo da Criança e Adolescente (Funcria) para aquisição de equipamentos e melhorias no serviço.

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