Família aguarda horas por atestado de óbito

09/06/2017 09:30

Parentes de um homem que morreu por conta de um mal súbito no início da tarde de ontem (8)  tiveram de esperar por mais de oito horas até que um atestado de óbito fosse dado, para a liberação do corpo ao IML. O caso aconteceu na Estrada da Saudade. Carlos Alberto Marcelino, de 62 anos, sofreu um infarto fulminante por volta de 13h enquanto trabalhava na manutenção de um carro dentro de uma garagem na Comunidade Arno Félix. A garagem fica numa casa que pertence a ele. Como se já não bastasse a dor e o sofrimento de ver um ente querido perder a vida, os familiares ainda tiveram que se desdobrar em busca de um médico que pudesse assinar um documento atestando o óbito de Carlos. 

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado no início da tarde. Dois policiais militares também foram chamados pelos familiares, e permaneceram no local até a retirada do corpo. Mas o problema só foi resolvido às 21h. 

“Ligaram para o Samu, para os Bombeiros, todos que podiam fazer alguma coisa. Fomos muito bem atendidos, mas o Samu dizia q não podia fazer nada porque quem tinha que resolver era o Hospital Municipal Nelson de Sá Earp, que deveria mandar um médico para atestar o óbito”, explicou Carla de Oliveira, assistente financeira, que é sobrinha de Carlos. 

Segundo Carla, o HMNSE alegou, por telefone, que não poderia fazer nada por conta da ausência de uma notificação por parte do Samu. “Aí eu liguei novamente para o Samu e ficamos nessa. Um grande jogo de empurra enquanto o meu tio estava lá. É um absurdo. Ficamos muito revoltados. A atendente do Samu foi atenciosa, mas a chefia dela não nos deu retorno”, explicou Carla. 

Depois de contatar amigos, que acionaram a Secretaria de Saúde do município, o problema finalmente foi resolvido. “Quero agradecer muito aos policiais, que fizeram um excelente trabalho. Estão de parabéns! E claro, todos que nos ajudaram e se mobilizaram para conseguir o médico que assinasse o atestado”, completou Carla.

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