Família diz que demora para diagnóstico levou à necessidade de amputação

25/07/2018 10:40

A pensionista Maria Alice Furtado dos Reis, de 72 anos, vive, sem saber, um drama. Levada à UPA no dia 16 depois de se machucar em casa, ela terá o pé amputado após a equipe médica constatar necrose no membro esquerdo. Segundo a família, que ainda não contou à mulher a decisão dos médicos, a demora para a realização de exames e definição do tratamento adequado agravou a situação e levou à necessidade de amputação. Nessa semana, mais um problema: embora o cirurgião vascular já tenha confirmado que o caso é de urgência, ela ainda não foi submetida ao procedimento. A Prefeitura chegou a informar que Maria Alice seria operada nesta quarta-feira (25), mas isso não aconteceu. Segundo a família, a equipe do hospital informou à família que ela deverá ser operada até sexta-feira. 

Elizabeth Cardoso Vieira Rabello, de 47 anos, filha de Maria Alice, ambas as unidades pelas quais passou – UPA Cascatinha e HAC – foram negligentes. “A demora para fazer os exames e tratar de forma adequada o machucado da minha mãe, que era pequeno nos primeiros dias, fez com que o quadro se agravasse e resultasse na necessidade de amputação. Além disso, nem mesmo ela já tendo a indicação para fazer a cirurgia foi disponibilizada uma vaga no Hospital Alcides Carneiro. A Prefeitura chegou a dizer que ela seria operada nesta quarta-feira mas isso não aconteceu. Estão dizendo agora que a previsão é até sexta-feira. Enquanto isso, ela sofre com dores fortes por conta do estado do pé. Issos em falar dos riscos. Um absurdo!”, disse, revoltada.

A Prefeitura informou que a paciente deu entrada na UPA Cascatinha no dia 16, onde passou por exames (incluindo doppler – avaliação das artérias, realizado na sexta-feira (20), no Hospital Alcides Carneiro). Na segunda-feira (23), a paciente foi avaliada por um cirurgião vascular que, a partir dos exames, liberou a paciente para a cirurgia. Ela foi transferida na noite de terça-feira (24) – mais de uma semana depois de dar entrada na UPA- para o Hospital Alcides Carneiro. Segundo a Prefeitura, embora a família garanta que a equipe médica tenha confirmado a necessidade de amputação (informação que foi confirmada pela Prefeitura na última terça-feira), a equipe vascular ainda não definiu qual procedimento será adotado, já que há possibilidade de realização de uma angioplastia.

O município frisou que a equipe médica também avalia a extensão da lesão constatada – "uma isquemia que, de acordo com as avaliações já feitas, começou há 4 meses ou mais".  Em nota, o governo acrescentou que a paciente segue fazendo exames pré-operatórios e garantiu que todos os procedimentos estão sendo informados à família da paciente pela equipe do HAC.

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