Farmácias em Petrópolis adotam reajuste nos preços dos medicamentos

03/04/2018 13:50

A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), aprovou um novo reajuste no preço dos medicamentos. O aumento foi publicado na última quinta feira, dia 29, no DOU (Diário Oficial da União), e passou a valer a partir deste domingo, dia 01 de abril. Quem procurar pelos medicamentos autorizados a receber o aumento, verão um reajuste médio de 2,38%. Na cidade, as farmácias não veem grande impacto no valor final que é repassado para o consumidor. Mas ainda assim, os consumidores se dizem preocupados com o reajuste. 

A empregada doméstica Ângela Boaventura, estava comprando medicamentos de uso contínuo para seu pai, segundo ela, chega a gastar em média R$ 320/mês. “Tomara que o preço dos medicamentos que meu pai faz uso não aumentem muito. Sem o reajuste já não é barato, se o valor aumentar muito vai ficar pesado”, disse.

De acordo com o Ministério da Saúde, o índice de aumento é menor que o da inflação registrada entre março de 2017 e fevereiro deste ano, que foi 2,84%, e também do registrado no ano passado, quando o índice ficou em 2,63%. Também é um dos menores reajustes da série histórica da CMED. O percentual de reajuste publicado pela CMED não se trata de um índice automático de aumento de preços, uma vez que o índice é aplicado ao valor máximo para a venda dos medicamentos. 

Na Farmácia Petrópolis, o proprietário Giovani Moreira, acredita que não haverá grande impacto no valor de venda. “O percentual de reajuste é baixo, e não deve fazer tanta diferença no valor final de venda. Com os descontos comuns o consumidor não deve ser afetado”. 

Com base na concorrência de mercado, os cerca de 13 mil medicamentos comercializados no Brasil foram divididos em três grupos de reajuste. O primeiro, onde ficam os produtos de maior concorrência, como o Rivotril para tratamento da ansiedade, poderão ser aumentados até 2,84%. Já o segundo grupo, onde estão localizados os antibióticos, e que apresentam concorrência moderada, como o Yasmin, que é um anticoncepcional, terão crescimento de até 2,47%. E no terceiro grupo, estão os medicamentos de maior custo, como medicamentos para AVC Isquêmico, medicamentos para câncer de próstata e medicamentos Antitrombóticos, terão o percentual de variação de preços de 2,09%.

Nem todos os medicamentos da listagem autorizada pelo CMED já foram reajustados. Este será feito gradativamente durante todo o mês. “O aumento não foi significativo, porque o índice não acompanha a inflação. Alguns preços já foram reajustados, mas com os descontos comuns no varejo, o preço final não vai fazer tanta diferença”, disse o gerente da Farmácia Brasil, Júlio César Loos. 

A fórmula, que fez a CMED chegar a esses percentuais, levou em conta o IPCA(Índice de Preços ao Consumidor Amplo), e fatores relacionados à concorrência de Mercado, produtividade da indústria farmacêutica e também os custos de produção.

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