Fechado há cinco meses, Theatro D. Pedro deve começar a passar por obras

02/07/2019 13:33

A revitalização do Theatro D. Pedro pode finalmente sair do papel. Na próxima quinta-feira, dia 4, será feita a licitação que vai definir qual será a empresa que vai executar o projeto de revitalização do teatro. A licitação, que estava marcada para o dia 12 de junho, foi adiada para que a Prefeitura pudesse fazer adequações, já que foram constatados erros na planilha orçamentária apresentada inicialmente pela Secretaria de Obras.

A empresa que vencer o certame, estimado em R$ 1.993.927,68, ficará responsável por executar os projetos de arquitetura – revitalização de toda estrutura, revisão de instalações hidrossanitárias, elétricas, telefônicas, lógicas, ar-condicionado, adequação para acessibilidade, conserto de infiltrações, entre outras melhorias. Além disso, também será implantado um sistema de prevenção e combate a incêndio e pânico.

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O Theatro D. Pedro não recebe obras de reforma há pelo menos 15 anos. Entre os anos de 2009 e 2011 passou por pequenas intervenções, mas, com o passar do tempo, o espaço vem se deteriorando. Fechado há cinco meses, é motivo de preocupação dos órgãos de preservação do patrimônio e da classe artística do município, que perde mais um espaço para apresentações de difusão da cultura. O prédio faz parte do patrimônio tombado do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). 

Classe artística programa ato pela preservação do Theatro

Na próxima terça-feira, dia 9, às 12h, será realizado um ato em frente ao Theatro D. Pedro em defesa do patrimônio e da classe artística do município. Será realizado um abraço simbólico no entorno do prédio e apresentações de teatro, música e dança. “Vertentes que poderiam atuar no Theatro e não estão participando por causa do fechamento”, explica o arquiteto Luciano Cavalcanti, do Instituto Histórico de Petrópolis.

Está sendo fundada a Sociedade de Amigos do Theatro D. Pedro (SATHE), que pretende reunir membros da sociedade civil para ajudar a preservar o patrimônio e a história do Theatro. O grupo pretende elaborar ações de melhorias do espaço, garantindo seu funcionamento, sem precisar depender exclusivamente do poder público. 

Luciano, que é presidente do SATHE, diz que o estatuto já foi elaborado e já conta com um grupo de 41 pessoas, entre elas Myriam Dauelsberg, que será presidente de honra da instituição, além de empresários e sociedade civil.


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