Fed muda avaliação sobre progresso na inflação de ‘falta de’ para ‘modesto’, em comunicado

12/jun 15:34
Por André Marinho, Fernanda Trisotto, Francine De Lorenzo, Gabriel Bueno da Costa, Gabriel Tassi Lara e Leandro Silveira / Estadão

O comunicado desta quarta-feira, 12, do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) traz mudanças bastante modestas em relação ao anterior, de 1º de maio. Na comparação entre os dois documentos, destaca-se apenas a alteração no primeiro parágrafo do que era uma menção à “falta” de mais progressos rumo à meta de inflação de 2% para um “modesto” progresso nessa frente.

Além disso, o comunicado desta quarta teve cortado um parágrafo pelo qual o Fed anunciava que começaria em junho a desacelerar o ritmo do recuo de seu balanço, entre outros detalhes sobre esse ajuste nas suas operações anunciados no início de maio.

Nesta quarta-feira, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve decidiu manter a taxa dos Fed Funds na faixa entre 5,25% a 5,50% ao ano.

A decisão foi unânime e está em linha com as expectativas do mercado financeiro.

Balanço de treasuries, títulos de agência e títulos de hipoteca

O Fomc informou também que seguirá reduzindo o balanço de treasuries, títulos de agência e títulos de hipoteca. “O Comitê está fortemente comprometido em levar a inflação de volta ao seu objetivo de 2%”, ressalta o comunicado.

O comitê manteve a faixa-alvo para a taxa de fundos e vai avaliar “cuidadosamente os dados recebidos, a evolução das perspectivas e o equilíbrio dos riscos” para qualquer ajuste.

“O Comitê não espera que seja apropriado reduzir a faixa-alvo até ter maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2%”, diz o comunicado.

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