Felipe Coutinho, ator petropolitano, está em nova temporada de ‘Reis’ na Record
A décima temporada de “Reis” estreou na última segunda-feira (22) na Record, e está sendo especial para o ator petropolitano Felipe Coutinho, que interpreta o personagem Bem-Abinadabe, genro do Rei Salomão e um dos governadores do reino. Nesta parte, o título da história é “A decadência”.
Aos 24 anos, Coutinho tem começado a construir sua carreira na televisão. Na TV Globo, estreou na telenovela “Bom Sucesso”, no horário das 19h, em 2019. Já na Record, participou da primeira temporada de “Reis”, com o personagem Ner, em 2022. Também tem se destacado na internet, chegando próximo a 1 milhão de seguidores.
O ator nasceu em Petrópolis e deu os primeiros passos na carreira na Cidade Imperial, com o curso de teatro. Foi morar no Rio aos 18 anos e retornou à Serra na pandemia, onde ficou mais 10 meses.
“É uma relação de carinho grande, lembrança e nostalgia. É onde tudo começou”, afirmou.
Artistas da cidade têm se destacado no cenário nacional, como Marcelo Rodrigues Filho, por exemplo, que é colega de Coutinho em “Reis”. O intérprete de Ben-Abinadabe considera que Petrópolis ganha em relação ao acesso a centros de produção, como o Rio de Janeiro, mas perde em produção local. O Theatro Dom Pedro, por exemplo, está fechado para reformas desde 2019.
“Em contrapartida, vejo pouca produção local. Tem os grupos de teatro, alguns bem fortes e que amigos meus fazem parte. Mas sempre vi pouca atividade cultural, no sentido de rotinas de peças”, disse.
Personagem é ambicioso
Coutinho considera que seu personagem, nesta fase atual, é ambicioso, assim como foi Ner. Ben-Abinadabe também deve ter uma participação na 11ª temporada.
“Eu o caracterizaria como um rapaz meio ambicioso, que meio que joga o jogo que lhe é proposto. É um rapaz que está ali e gosta do conforto que o cargo o traz”, explicou.
A diferença é que agora a narrativa não é tão focada em guerras. No entanto, o desafio da linguagem e caracterização continua. São cerca de 40 minutos na maquiagem, além de figurinos especiais.
“Quando eu fiz pela primeira vez, tiveram palestras com arqueólogos e estudiosos. Acho que a maior dificuldade é exatamente essa: o equilíbrio entre o que se espera dessa época e entender que estamos fazendo para as pessoas de agora”, contou.
Trabalhos na internet
Entre um trabalho na televisão e outro, Felipe Coutinho também encontrou uma oportunidade virtual. No perfil “O mundo é um palco”, na rede social Kwai, compartilha pequenas cenas dramatúrgicas e já está próximo de 1 milhão de inscritos. No TikTok, são mais de 100 mil. São mais de 20 vídeos postados ao mês.
“A internet foi uma grande base financeira entre essas safras”, pontou. “Está muito legal abordar um pouco essa linguagem também”, finalizou ele.