Feliz aniversário, Linda Albuquerque
Qual preâmbulo adequado a emoldurar as virtudes que ornam essa criatura bela, elegante, educada, culta e chique na acepção da palavra?
Sim, a moldura, por certo é nobre e patinada em ouro e o seu “Passe-partout” um poema, leve e repleto em carinho feito, na tentativa de exaltar esse anjo em forma de gente. Compartilhemos, pois, a alegria.
Ela se renova ao dividir o meu tesouro entre amigos. Uma dessas joias tem nome: Linda Tavares de Albuquerque. Eis o poema:
“Linda, ó Linda, quem te fez assim, tão linda? Não dessas belezas fugazes que o tempo, a traça, a ferrugem e o azinhavre corroem. Cuidam em apagar… Mas, a formosura das obras, a bondade do coração, que refletem a alma. Virtudes que as tem, de sobra. Espargem em todo lugar.”
Nasceu em São Paulo, Capital aos 4 de dezembro de 1932. Completar 90 primaveras, ou seja, 32.850 dias, mais que uma data no calendário, é bênção, privilégio, ainda mais quando a vida é intensa, repleta em obras e amor ao próximo. Seu exemplo nos inspira e anima.
Chegar ao pódio, repleta em saúde, desprendimento, bom humor e disposição física jovial é uma exceção reservada a alguns.
É presente celestial. Chama-se merecimento. E nós sabemos que os minutos, segundos, horas, dias, meses e anos acima de nossos méritos estão à obra e graça da Providência Divina, porque, sem Ela, nada seríamos.
A vida não nos pertence. É um dom de Deus. Somos centelhas do Criador, por isso, os paradigmas de Linda renovam nossa esperança. Suas narrações e incontáveis histórias da infância, adolescência e juventude servem de supedâneo a enriquecer os dias atuais. Ao contrário de pretender se mergulhar em declínio ou rugas de expressão Linda se extasia em admirar o pôr do sol, a brisa que brinca com os cabelos e vive intensamente.
É vida plena e ergue a taça em vinho de melhor safra.
Lembra-me ainda criança, se uma pessoa chegasse aos cinquenta anos era considerada idosa e sinônimo de senilidade. As senhoras usavam coques e solidéus.
Deixavam os cabelos embranquecer, nada de maquilagem e os vestidos eram longos até os pés. Hoje a visão é outra, queremos é fazer planos de viagens, aprimoramento cultural, trabalhos profissionais e benemerentes. isolamento, nem pensar.
Sigamos esses exemplos, não deixemos os neurônios acéfalos. Não há que se medir a vida pela idade, e sim, pela intensidade que a vivemos. Viúva do Cel. Ivo Albuquerque, portanto, inconcebível a presença de Linda sem Ivo, seu marido.
O casal transitava, e ela, hoje, continua a circular, em todas as camadas, prestando relevantes serviços às obras sociais e assistenciais. Mereceram o reconhecimento público e foram distinguidos com o Prêmio Academia Petropolitana de Letras.
Em perfunctória síntese direi sobre a formação acadêmica dessa luminar de polimorfa cultura.
Formada pela Faculdade de Administração (Internacional dos Profissionais de Recursos Humanos), São Paulo, Capital, onde nasceu. Residiu em Petrópolis desde 1985.
Atualmente, cumpre seu apostolado benemerente e social em Belo Horizonte com temporadas em Ilhéus, Bahia em companhia de seus familiares. Formada, também, em Secretariado e Ciências Sociais, Faculdade Prudente de Moraes em 1954- São Paulo – SP, Estética e Dermatologia Aplicada. (clínica Dra. Claude, Rio de Janeiro – 1960, Decoração de Interiores – Escola de Decoradores da Bahia, Salvador, 1967. Atuou como voluntária no hospital fundado pela Irmã Dulce da Bahia entre 1964/1968 hoje, elevada à honra dos altares: “Santa Dulce dos Pobres”. É detentora de inúmeros cursos de extensão cultural e profissional realizados na Universidade Federal da Bahia,1977, Associação Brasileira de Recursos Humanos, 1983, Instituto Teológico Franciscano, 2003, As muitas faces de Dom Pedro, Museu Imperial de Petrópolis – Instituto Histórico de Petrópolis, 2005, Seminário “Direito da Criança e do Adolescente”, Universidade Católica de Petrópolis, 2006, Vice – Presidente da APPO durante três anos, 2013, dentre outros.
É promotora filantrópica e palestrante. Em Petrópolis realizou intenso trabalho voluntário e benemerente a exemplo de “Coletâneas da Solidariedade”, Campanhas “Criança Carente também tem Infância” e “Papai Noel Solidário”, “Natal Solidário”, Amigos Assistenciais, coordenação de eventos sociais, desfiles de moda, almoços e jantares, promovidos em parceria com os amigos Assistenciais, Fundação Yolanda Duarte, Associação Nova Jerusalém, Casa da Amizade das Senhoras Rotarianas de Petrópolis.
Em retribuição aos inestimáveis préstimos dedicados à Petrópolis e alhures, foi agraciada com inúmeras moções de aplausos da Câmara Municipal de Petrópolis, placas, medalhas, diplomas dentre outros laureis.
Recebeu, também, o Título de Benemérita conferida pelo presidente do grupo Realizar em 13-03-2007, Certificado de Reconhecimento ao Mérito conferido pelo Juízo da Vara da Infância, Juventude e Idoso da Comarca de Petrópolis em 15 de março de 2007, Prêmio Academia Petropolitana de Letras em reconhecimentos aos serviços prestados à assistência social, caritativa, benemerente e cultural em 2010/2011 e, Título Honorífico de Cidadã Petropolitana concedido pela Câmara Municipal de Petrópolis em 5 de dezembro de 2007, conforme Resolução número 057, e premiação em solenidade pública realizada nos salões do Palácio Quitandinha em 14 de março de 2008 em reconhecimento aos relevantes serviços prestados a este Município.
Linda, cujo nome não poderia ser mais apropriado, sob o pálio de Maria Santíssima e a proteção do Deus Uno e Trino, prosseguirá seus dias saudável, em perfeito “religare” entre a terra e o céu consciente do dever cumprido e fiel às palavras do Apóstolo Paulo em 2Timóteo, capítulo 4, versículo 7 que diz: “Bonum certamen certavi, fidem servavi, cursum consumavi, ou seja, combati o bom combate, cumpri o meu dever e não perdi a fé.” Parabéns, deixe um rastro de luz por onde passar, por certo, a todos nós alvejará, seja para a honra e glória de Nosso Senhor Jesus Cristo e alegria nossa!