Fintech busca espaço maior para acomodar novos funcionários

05/04/2021 08:51
Por Fernana Guimarães / Estadão

A fintech de microcrédito SuperSim assinou no fim do ano passado um contrato para ficar com um espaço de mil metros quadrados no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Com a crise do novo coronavírus forçando mais pessoas e empresas a buscar financiamento, a empresa viu o volume de operações crescer 25 vezes no ano passado, o que levou a um aumento meteórico da equipe. De 14 funcionários, no fim de 2019, para mais de 80 no fim do ano passado.

“Nascemos em um coworking, depois passamos para uma sala de 100 metros quadrados no Itaim e depois alugamos mais duas salas no mesmo prédio. Agora, passamos para um espaço de mil metros quadrados”, comenta o presidente da SuperSim, Antonio Brito.

A responsável pelo projeto do novo escritório, Carolline Volpato, é líder da área de pessoas da empresa. Quando a fintech viu que precisava se mudar para um espaço maior, diante do forte crescimento, uma ligação provou como os setores foram diversamente afetados na pandemia. Carolline foi procurada pelo dono de um espaço de coworking que iria fechar as portas após o abalo provocado pela crise em seu negócio. As condições de negociações, conta ela, foram bastante positivas, dado o atual contexto.

Com meta de dobrar o número de funcionários neste ano, o escritório novo – que só será ocupado quando o governo de São Paulo relaxar as medidas de isolamento social – deve suportar o crescimento da SuperSim por dois ou três anos, estima Carolline.

Já a Decode, empresa de data analytics controlada pelo banco BTG Pactual, também saiu de um escritório de coworking rumo a um endereço com 900 metros quadrados no Itaim, bem no coração do chamado mercado financeiro paulista. A empresa, fundada em 2019, não revela números. O novo endereço chegou a ser ocupado em janeiro passado, mas teve de ser esvaziado com o anúncio de medidas mais duras para o enfrentamento da pandemia.

A opção por um escritório físico se manteve mesmo depois da evidência de que o modelo de trabalho híbrido – com parte das funções sendo desempenhada em home office – não vai desaparecer com o fim da pandemia. “O espaço físico tem mais a ver com troca e interação e isso auxilia na construção de um projeto e motivação da equipe”, comenta o presidente da Decode, Renato Dolce.

Segundo ele, apesar desse investimento no espaço físico, a ideia é manter um revezamento entre as equipes. Ele frisa que a empresa tem se beneficiado do home office, já que esse modelo de trabalho tem ajudado na busca de profissionais de tecnologia, segmento com alta demanda, em todo o Brasil.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimas