Floricultores são impedidos de vender na Praça Dom Pedro

Um grupo de floricultores da cidade, acompanhados do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrópolis e da Associação de Produtores Horticultores e Floricultores do Caxambu, estiveram na Câmara Municipal buscando apoio para retornarem a vender flores na Praça Dom Pedro. Para eles, o problema é que foram retirados em dezembro por causa do Natal Imperial e agora foram impedidos, com a Prefeitura alegando que não podem ficar na praça por ser uma área tombada. 

O departamento de Agricultura da Secretaria de Desenvolvimento Econômico vem buscando um entendimento junto aos floricultores das duas barracas que funcionavam na Praça D. Pedro, uma vez que a área é tombada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Inepac) – que estabelece critérios para a utilização do espaço. Entre as possibilidades que vem sendo discutidas está a disponibilização de uma outra área também no Centro Histórico, para a venda dos produtos.

Os produtores se reuniram com a vereadora Gilda Beatriz (MDB), que assumiu o compromisso de encaminhar ao prefeito Bernardo Rossi, uma indicação pedindo o retorno deles para Praça Dom Pedro ou um local no centro para venderem as flores. A vereadora disse que não vê nenhum problema deles estarem na Praça, lembrando que ficam apenas um dia, sábado, e como vendem produtos da cidade “acabam sendo um serviço para turistas e petropolitanos”. 

A vereadora acredita que, se houver um projeto de utilização da praça neste sentido, em acordo e aprovação junto aos órgãos que cuidam do patrimônio será um grande ganho para a cidade. “O que não podemos entender é porque um serviço de vender flores, que alegra a todos e atende petropolitanos e turistas não pode, mas outras situações podem se instalar ali e em outras praças do centro histórico. Se há uma proibição ela tem que ser igual para todos”, comentou a vereadora. 

Joaquim Sérgio Lage, presidente da Associação de Produtores Horticultores e Floricultores do Caxambu, contou que já tentaram falar com o prefeito Bernardo Rossi e não conseguiram, por isso acredita que “as informações não chegam ao prefeito”. Ele lembra que, durante a campanha eleitoral, o prefeito teria prometido valorizar o produtor rural, “mas, infelizmente o que estamos vendo é o contrário”. 

Ele ressaltou que a única coisa que os produtores rurais querem é um local para trabalhar e vender seus produtos e por isso, a presença de barracas de flores na Praça Dom Pedro era importante para as famílias que buscam seu sustento. “Eram dois floricultores, mas era importante para eles e ajudava na sua subsistência”, afirmou Joaquim Sérgio.