Focus: IPCA para 2022 sobe de 5,09% para 5,15%, se distanciando de teto da meta

24/01/2022 09:10
Por Thaís Barcellos / Estadão

A mediana apurada para o IPCA, o índice de inflação oficial, de 2022 avançou pela segunda semana seguida no Relatório Focus e se distanciou mais do teto da meta a ser perseguida pelo Banco Central (BC), indicando o segundo ano consecutivo de descumprimento do mandato principal da autoridade monetária. A estimativa avançou de 5,09% para 5,15%, de 5,03% há um mês. O objetivo a ser perseguido pelo BC este ano é de 3,50%, com tolerância de 2,0% a 5,0%.

Já a expectativa para o IPCA em 2023 foi mantida em 3,40%, de 3,38% há quatro semanas. Nesse caso, a mediana se encontra acima do centro da meta, de 3,25%, mas dentro do intervalo de tolerância (de 1,75% a 4,75%).

Considerando as 97 alterações nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2022 também subiu, de 5,08% para 5,17%. Para 2023, as 92 alterações feitas nos últimos cinco dias úteis levaram a estimativa mediana de 3,30% para 3,43%.

A mediana para 2024 continuou em 3,00%, assim como a de 2025 (3,0%). Há quatro semanas, ambas as projeções eram de 3,00%. Para 2024 a meta é de 3,00%, com margem de 1,5 ponto porcentual (de 1,5% para 4,5%). Para 2025, por sua vez, a meta ainda não foi definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

No comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de dezembro, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 4,7% em 2022 e 3,2% em 2023. O colegiado elevou a Selic em 1,5 ponto porcentual, para 9,25% ao ano.

Outros meses

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a previsão para o IPCA em janeiro deste ano em 0,46%, conforme o Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 24. Para fevereiro, a projeção no Focus avançou de alta de 0,76% para 0,81%, de 0,70% há quatro semanas. Fechando o primeiro trimestre, a projeção para março subiu de 0,47% para 0,48% no Relatório Focus. Há um mês, estava em 0,46%

A inflação suavizada para os próximos 12 meses também voltou a aumentar, de alta de 5,01% para 5,07% de uma semana para outra – há um mês, estava em 5,11%.

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