Força-tarefa garante segurança da tocha

28/07/2016 08:40

A força-tarefa da Prefeitura e Comitê Rio 2016 apresentaram ontem pela manhã, na Casa dos Conselhos Álvaro Zanata, o plano do revezamento da tocha olímpica que vai passar amanhã por Petrópolis. O grupo de trabalho garante que o evento está estruturado e avisou que a população pode ir às ruas tomar parte da grande festa que está sendo preparada a um pouco mais de uma semana da abertura oficial dos Jogos Olímpicos 2016. Até mesmo um gabinete de crise, que funcionará durante 24 horas a partir de hoje, vai monitorar tudo desde as primeiras horas desta sexta-feira.

A coletiva convocada pelo Poder Público à imprensa começou com a exibição de imagens das primeiras cidades no Brasil por onde a tocha passou. Paralelo a isso, a assessoria de imprensa do Comitê Rio 2016 detalhou a importância do evento, seus aspectos culturais e relevantes que movimentaram dezenas de cidades por onde a tocha olímpica passou. De Brasília até o ponto final, na abertura oficial da olimpíada no Rio de Janeiro, serão 95 dias em 83 cidades de quase todos os estados da federação.

A secretária de Educação e Esportes, Maria Elisa Badia, ressaltou o papel de apoio da Prefeitura em todo o escopo armado para a passagem do revezamento da tocha, coordenando um trabalho com diferentes secretarias e demais autoridades públicas, formando assim uma força tarefa. Para ela, esse é um momento único para Petrópolis se inserir no processo esportivo que o país já vive com a olimpíada. Além do que, assegura que o município está pronto durante toda a sexta-feira para acolher o símbolo máximo.

A preocupação com a segurança foi o ponto alto da coletiva, razão pela qual o tema fora dividido entre o coordenador da Defesa Civil e Meio Ambiente, Rafael Simão e o comandante do 26º Batalhão da Polícia Militar, o tenente-coronel Eduardo Vaz Castelano, que fizeram questão de enaltecer todo o esquema em torno da segurança dos condutores da tocha e prevenir ações de vandalismo durante todo o percurso. Simão, por exemplo, indicou que haverá uma varredura completa pelos pontos por onde a tocha vai passar.

Já Eduardo Castelano foi mais enfático no sentido de coibir qualquer ação que venha a prejudicar a passagem da tocha. Serão destacados para a segurança 133 policiais nas ruas, além de agentes descaracterizados que vão observar qualquer movimentação suspeita que venha a prejudicar a imagem do revezamento. Inclusive, o policial afirmou que vão observar os prédios por onde o cortejo passará, já que existem ameaças claras, feitas pela rede social, pedindo para que joguem água para apagar a tocha olímpica.

A sala de crise, que será composta por policiais e guardas-civis, vai trabalhar o tempo todo. O uso de recursos tecnológicos também estará à disposição. Um software de origem russa reconhece a imagem e placas de carros em tempo real, pois se houver quaisquer problemas, diferentes setores da segurança pública tomarão conhecimento. O comandante da PM vai designar 40 viaturas, mais quatro motos patrulhas para ajudar até mesmo na dinamização do trânsito. Três policiais ajudarão na escolta dos condutores.

A questão do trânsito recebeu uma atenção especial, já que a partir da tarde haverá mudanças em alguns pontos do município e, é claro, alguns transtornos para a população serão inevitáveis. Para minimizar o problema, o presidente da CPTrans, Jorge Badia, explicou que o esquema de ônibus para amanhã vai ser reduzido, passando para o horário de sábado. Serão ao todo 280 deles circulando nesta sexta-feira, sendo que motocicletas da autarquia municipal e da Guarda Municipal atuarão em diferentes pontos para prevenir retenções de carros, prejudicando ainda mais o trânsito nesse dia. Vão ser designados 80 homens em diversos entroncamentos no trajeto e no entorno da passagem da tocha. Badia lembrou ainda que em alguns pontos, entre os quais o chamado “corredor industrial”, localizado no Bingen, funcionários serão orientados a como voltar para casa por conta do revezamento.

Falando sobre o papel da Secretaria de Saúde, o secretário da pasta, Marcus Curvello, o município estará em alerta máximo para qualquer eventualidade durante esse dia. Ele disse estar preparado para acionar os hospitais públicos e UPAs para o caso de uma emergência, além é claro trabalhará pela prevenção. Desde o Palácio de Cristal até a chegada da tocha, no Quitandinha, médicos e enfermeiros estarão à disposição com ambulatórios avançados. 

A interação entre as secretarias que acabou se transformando em uma Força Tarefa não esqueceu da parte cultural. A presidente da Fundação Petrópolis, Drica Madeira, garantiu atrações culturais locais e shows desde a partida da tocha até a sua chegada nos arredores do Palácio Quitandinha. Ela confirmou as bandas marciais petropolitanas, a do 32º Batalhão de Infantaria Leve e, no ponto de chegada da tocha, um show com o cantor Gabriel Silva. Tudo começará a partir das três da tarde no Palácio de Cristal.

Sobre as críticas recebidas sobre os custos com o revezamento, Maria Elisa negou que o Poder Público tenha injetado R$ 250 mil, como foi noticiado nas redes sociais. Porém, não apresentou o tamanho da conta.

Por fim, dois dos 40 condutores da tocha olímpica participaram da coletiva e não esconderam a emoção de participar do revezamento. O Comitê Rio 2016 anunciou que somente hoje serão conhecidos todos os nomes. O treinador da Pé de Vento, Henrique Viana e Rubens Bueno, ambos com históricos diferentes, têm em comum o fato de representarem Petrópolis, ainda que por 200 metros mais emocionantes de suas vidas. Viana, por exemplo, destacou o papel da equipe de atletismo nos últimos 30 anos, com participações em quatro edições olímpicas e recordes mundiais em maratonas.

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