Frota de ônibus de Petrópolis encolheu quase 17% em quatro anos

01/set 04:01

A frota de ônibus urbanos em Petrópolis era de 380 veículos antes da pandemia. Desde 2020, a frota foi encolhendo paulatinamente, chegando a 345 ônibus nas ruas após a venda de 35 veículos em 2021. A situação piorou após o incêndio na garagem das empresas Petro Ita e Cascatinha, em maio de 2022. Desde então, a frota não foi recomposta, linhas foram aglutinadas e os horários ainda mais reduzidos. Hoje, a frota conta com apenas 318 ônibus, uma redução de 16,31%.

Correndo solto

A falta de fiscalização por parte da prefeitura sobre as empresas permissionárias do serviço é a grande culpada pelo estado atual do sistema. Essa frouxidão permite que a frota não seja renovada, que o tempo de uso dos coletivos não seja respeitado e que horários sejam suprimidos. Nem mesmo a documentação das empresas – incluindo aquelas que não são deficitárias – está 100% em dia.

Memórias

Em 1937, o prefeito Iêdo Fiúza criou a Comissão do Centenário de Petrópolis, para preparar a comemoração dos 100 anos de fundação da Povoação-Palácio de Petrópolis. Com o objetivo de registrar a historiografia petropolitana, intelectuais da cidade escreveram uma série de artigos que resultaram em sete volumes bibliográficos, sendo o último lançado em 1943, ano em que se comemorava a data. Vamos repetir: sete volumes. Hoje, o que rola no aniversário da cidade? Uma solenidade, seguida de um bolo na Praça Dom Pedro, cantando parabéns…

Preservação

Agora essa coleção histórica está disponível no site do Museu Imperial e de forma digitalizada. A coleção faz parte do projeto da exposição “A Petrópolis do Museu Imperial”. O valioso conjunto documental pode ser acessado na íntegra no portal do Programa de Digitalização do Acervo do Museu Imperial (Dami), no site do Museu Imperial.

Membros da “Comissão do Centenário de Petrópolis”. Ao centro, sentados, D. Pedro de Alcântara de Orleans e Bragança, presidente de honra da comissão, e o prefeito municipal, Yeddo Fiúza. Em pé, à direita, Henrique Carneiro Leão Teixeira Filho; Alcindo de Azevedo Sodré e Mario Aloísio Cardoso de Miranda. Sentados, à direita, frei Estanislau Schaette e João Duarte da Silveira. À esquerda, a professora Germana Gouveia, única mulher a integrar a comissão. Fotografia de 1937, que faz parte da Coleção “Agência A Noite”, do Museu Imperial.

Como assim?

Sobre os contratos de recolhimento de lixo – aquele rolo com emergenciais que a prefeitura nos meteu – houve uma audiência na Câmara de Vereadores para ouvir os secretários responsáveis pelas pastas da Comdep e SSOP. O vereador Gil Magno, líder do governo na casa, afirmou que “todos os documentos sobre o assunto têm muita transparência e que é preciso torná-los públicos”. Não, Gil, ainda está errado. Eles já deveriam ser públicos, conforme manda a lei.

Milagre de Natal

Com quatro meses de antecedência, a prefeitura vai abrir licitação para escolher a empresa responsável pela execução da programação cultural do Natal. A licitação será no dia 12, com lance mínimo de R$ 25 mil. Agora, só falta combinar para que a programação fique pronta com antecedência e providenciar a decoração de Natal.

Menos, bem menos

O candidato a prefeito Yuri Moura afirmou em suas redes sociais que a inauguração de seu comitê eleitoral é um “marco histórico” em Petrópolis. É a primeira vez que vemos um espaço eleitoral ser alçado a essa função de mudar a cidade.

Um dos espaços mais icônicos (e belos) da cidade: orquidário Binot, o mais antigo do Brasil, fundado em 1870. Aqui, detalhe do lago de carpas.

Cabo eleitoral

O prefeito carioca Eduardo Paes, que tem 60% de preferência do eleitorado segundo pesquisas já divulgadas (a soma é maior do que todos os adversários juntos), virou cabo eleitoral dos candidatos a vereador pelo PSD. Ele vem emprestando seu carisma em vídeos de apoio aos que tentam o legislativo. Já gravou para Junior Coruja, que tenta a reeleição.

Tudo igual

Não sabemos vocês, mas já estamos enjoados de ver nas redes sociais os infames vídeos dos candidatos, de olhinhos fechados, abraçando, emocionados, incautos eleitores. Também notamos que, nas caminhadas, os candidatos levam mais assessores do que encontram eleitores nas ruas. Prova de que vai ser dureza convencer o povo a ir às urnas.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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