Funcionários da Educação iniciam protesto por redução de jornada e reposição salarial

19/09/2017 10:45

Profissionais da rede municipal de educação devem cruzar os braços nos próximos três dias, em protesto contra a demora na redução da carga horária da classe (de 40h para 30h semanais), implementação de 1/3 do tempo para planejamento das aulas e também a reposição salarial. Assim, as escolas do município devem ter aulas suspensas a partir de 12h30 nesses três dias, possibilitando que os profissionais se unam em concentração às 14h na Praça Dom Pedro, no Centro.

A classe deverá fazer uma passeata pelo Centro da cidade, tendo como destino a Prefeitura. “Nós tentamos mas nenhum avanço foi alcançado nas negociações. Então a categoria escolheu paralisar as atividades sempre na parte da tarde para se unir em manifestação, reivindicando aquilo que foi prometido”, contou Rose Silveira, representante do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) em Petrópolis. 

A redução da carga horária para 30 horas semanais ainda não foi votada pela Câmara Municipal. A Prefeitura chegou a tentar fazer a mudança por meio de um decreto assinado pelo próprio prefeito Bernardo Rossi, mas o Ministério Público Estadual considerou a medida irregular, alegando que a implantação deveria passar por análise e votação na Câmara. No fim de junho, a Prefeitura revogou o decreto e desde então o projeto está tramitando na Câmara Municipal. Além disso, a redução da carga horária também causou impasse entre as diretoras das unidades. Elas alegam que não há pessoal suficiente para atender à demanda. Mas o sindicato garante que está tudo organizado. “Está tudo pronto, só falta o aval. Toda a classe já está organizada, com tudo direito”, completou Rose. A redução, que é uma promessa de campanha do prefeito Bernardo Rossi, beneficiaria 1,8 mil profissionais da rede municipal.

Outra reivindicação da categoria é a destinação de 1/3 da carga horária dos professores para planejamento de aulas. A medida faz parte do Plano Municipal de Educação. Os profissionais também querem reposição salarial. Os servidores deveriam ter tido aumento em julho, mas a Prefeitura alegou não ter recursos para fazer qualquer reajuste salarial.



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