Funcionários do HCC reclamam de atrasos de salário pelo quarto mês: sindicato apura situação

09/12/2021 18:20
Por Luana Motta

Já pelo quarto mês, profissionais que trabalham no Hospital Clínico de Corrêas (HCC) relatam atraso no pagamento dos salários. O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Petrópolis (SEESSP) está apurando os casos. Aos funcionários e ao próprio sindicato, o hospital afirma que a Secretaria de Saúde atrasa o repasse. Tanto o hospital quanto a Prefeitura não responderam à Tribuna. Nesse desentendimento, o funcionário é o principal prejudicado.

Os funcionários relatam que o pagamento é feito “parcelado”, há valores atrasados desde outubro. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, José Fernando Assumpção, disse que esteve no HCC na terça-feira(07), para tentar esclarecer o motivo. No hospital, foi informado de que a Prefeitura não está fazendo os repasses referentes ao Sistema Único de Saúde (SUS). José Fernando disse que vai buscar se reunir com a Prefeitura para entender a situação. “Não podemos deixar mais um hospital à deriva”, disse.

A Tribuna vem desde setembro noticiando as denúncias e mostrando a situação difícil que a maioria se encontra sem o pagamento. “Os funcionários de menor escala como técnica de enfermagem, copa e conservação e limpeza já estão há 2 meses sem receber seus respectivos pagamentos e ninguém faz nada a respeito. Pessoas do bem, profissionais que se dedicam todos os dias, trabalhadores que deixam seus lares, filhos, família e não têm o mínimo de respeito. Muitos destes profissionais estão com seus aluguéis atrasados, sem compras dentro de casa, e indo trabalhar até a pé, pois não têm nem o dinheiro da passagem de ônibus”, desabafou o familiar de uma funcionária.

A preocupação é que o 13º salário também não seja pago em dezembro. “Tenho família, programo o natal com minha filha, e dependo do meu trabalho lá posso ficar sem ceia. Eu tenho 12 anos formada e trabalhando nessa batalha, minha filha não vai ter uma lembrança? Não digo presente, mas o direito de ter algo melhor na ceia, como uma mãe vive nessa batalha?”, desabafou uma funcionária.

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