G20 quer ajudar a fornecer vacinas para países em desenvolvimento

31/10/2021 13:04
Por Célia Froufe e Sandy Oliveira / Estadão

O grupo das 20 maiores economias do globo (G20) garantiu que vai trabalhar para o maior acesso às vacinas contra a covid-19 e confirmou o apoio à fabricação em centros de transferência de tecnologia em várias regiões, como o Centro de mRNA no Brasil. As informações constam do comunicado do G20, divulgado há pouco após reunião de dois dias dos líderes políticos do grupo

“Reconhecendo que as vacinas estão entre as ferramentas mais importantes contra a pandemia e reafirmando que a ampla imunização covid-19 é um bem público global, avançaremos nossos esforços para garantir o acesso oportuno, equitativo e universal a vacinas seguras, acessíveis, de qualidade e eficazes, terapêutica e diagnósticos, com atenção especial às necessidades dos países de baixa e média renda”, trouxe o texto.

Para ajudar a avançar em direção às metas globais de vacinação de pelo menos 40% da população em todos os países até o final de 2021 e 70% até meados de 2022, conforme recomendado pela estratégia de vacinação global da Organização Mundial da Saúde (OMS), o G20 afirmou que tomará medidas para ajudar a aumentar o fornecimento de vacinas e produtos médicos essenciais e insumos nos países em desenvolvimento e remover as restrições de fornecimento e financiamento relevantes.

“Reforçaremos as estratégias globais para apoiar a pesquisa e o desenvolvimento, bem como para garantir sua produção e distribuição rápida e equitativa em todo o mundo, também fortalecendo as cadeias de abastecimento e expandindo e diversificando a capacidade global de fabricação de vacinas em nível local e regional, ao mesmo tempo promovendo a aceitação da vacina, confiança e combate à desinformação”, escreveram os líderes.

Em particular, ressaltaram que apoiarão o aumento da distribuição, administração e capacidade de fabricação local de vacinas, inclusive por meio de centros de transferência de tecnologia em várias regiões, como os Centros de mRNA recém-estabelecidos na África do Sul, Brasil e Argentina, e por meio de arranjos de produção e processamento conjuntos. “Trabalharemos juntos para o reconhecimento das vacinas covid-19 consideradas seguras e eficazes pela OMS.”

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