GAAPE realiza atendimentos para crianças e adolescentes autistas

13/set 09:36
Por Maria Julia Souza I Foto: Maria Julia Souza/Tribuna de Petrópolis

Um projeto que teve início através de um estudo para uma Dissertação de Mestrado, da psicóloga e professora Sandra Cordeiro de Melo, hoje atende 400 crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essa é a história do Grupo dos Amigos Autistas de Petrópolis (GAAPE), fundado em 2003 por oito profissionais.

“Gostaríamos de pedir desculpas pelo erro na publicação anterior, em que mencionamos incorretamente a fundação do GAAPE. Agradecemos a compreensão de todos e reafirmamos nosso compromisso com a precisão da informação”, disse a coordenação do GAAPE, sobre a informação publicada anteriormente relacionada a fundação da instituição.

Poliana Seabra, do setor de acolhimento do GAAPE, fala um pouco sobre o início da instituição e conta que ele surgiu através de uma Dissertação de Mestrado, sobre crianças com autismo da cidade.

“Na época, não tinham crianças autistas, porque não se falava dessa condição antigamente, igual se fala hoje em dia. Ninguém sabia o que era autismo. E começaram a procurar na cidade crianças que tinham características do autismo para poder investigar e entender sobre o tema. Até que começaram a aparecer as crianças, onde o GAAPE surgiu. Antes ele funcionava na Avenida Piabanha, era minúsculo, com apenas três salas e todo mundo era voluntário”, contou.

A instituição funciona através de convênios e doações. Poliana explica que os convênios custeiam o tratamento das crianças e adolescentes atendidas pelo GAAPE, mas não cobrem outros custos necessários, como materiais de escritório e limpeza, contas de luz e internet, entre outros gastos. “Então como a gente faz para manter o GAAPE? Com doações e projetos. A gente escreve muitos projetos. Por exemplo, nós escrevemos um para computadores novos, aí a gente escreve e ganha um projeto, com isso os computadores chegam”, explicou.

Atendimentos

Atualmente, a instituição atende 400 crianças e adolescentes, além de possuir uma lista de espera de 740 crianças. Cerca de 50 profissionais atuam diariamente nos atendimentos. O local oferece atendimentos de musicoterapia; terapia alimentar; psicologia; fisioterapia; psicomotricidade; pedagogia; inclusão digital; fonoaudiologia; e oficina de linguagem. Todos os atendimentos realizados na instituição são gratuitos.

“Os nossos profissionais têm pós ou especialização em autismo. Todos com o curso ABA. É uma equipe que gosta do que faz e que está feliz de estar aqui dentro”, disse.

Sala de Inclusão Digital.
Foto: Maria Julia Souza

Poliana explica que a instituição possui, além das crianças, adolescentes que são atendidos pelo GAAPE desde a sua fundação e que permanecem até hoje. “Eles foram crescendo junto com o GAAPE, criaram um vínculo com a gente e com a instituição. E aí esses pacientes cresceram com a gente e continuam aqui”, explicou.

Lista de espera

Existem duas formas de ingresso na instituição. A primeira é através de um caderno, que fica disponível na recepção do GAAPE. A outra, através da regulação, da Secretaria Municipal de Saúde, pelo Centro de Saúde ou pelas UBSs. No entanto, a fila de espera para a instituição é grande e demorada.

Poliana explica que isso ocorre, uma vez que os pacientes não têm alta e só saem da instituição por alguns motivos específicos. “Só sai daqui [do GAAPE] se conseguir um plano de saúde e quiser atendimento em outra clínica, o que a gente até incentiva quando tem, porque abre uma vaga para uma pessoa que não tem condições de pagar. Também podem sair quando mudam de cidade; ou se porventura perder a vaga, por motivos de falta ou por descumprir as regras da instituição. Então a gente não tem uma disponibilidade de vagas, por isso demora para conseguir”, explicou.

Como ajudar

O GAAPE aceita doações de itens em bom estado de conservação, além de papel higiênico, material de limpeza e escritório, folha A4, entre outros materiais necessários. Mais informações sobre como realizar as doações podem ser obtidas pelos telefones (24) 2242-5381 ou (24) 98843-9183.

A instituição também aceita doações em dinheiro para ajudar nos gastos necessários. Elas podem ser feitas através do PIX: 06.029.782/0001-78. As ações do GAAPE também podem ser acompanhadas pelo Instagram @gaaperj.

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