Galípolo diz que câmbio é flutuante e linha de defesa para amortecer situações na economia

08/out 12:37
Por Cícero Cotrim, Célia Froufe e Gabriel Hirabahasi / Estadão

O indicado à presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo, repetiu nesta terça-feira, 8, na sua sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado que o regime de câmbio brasileiro é flutuante e, com isso, a cotação da moeda serve para absorver eventuais choques que atinjam a economia.

Galípolo, que é diretor de Política Monetária e responsável pelo departamento que cuida da política cambial no BC, lembrou que as preocupações sobre o câmbio oscilam. Ele disse que, quando foi indicado para a diretoria, em meados do ano passado, havia a preocupação de que a autarquia se tornaria mais intervencionista. Depois, esse polo mudou.

“No ano de 2023, foi o primeiro ano que a gente não fez nenhuma intervenção extraordinária no final do ano. Aí eu passei a ser acusado de ser mão fraca, ‘ele não intervém, ele deixa correr.’ Então, essas coisas às vezes oscilam muito”, ele disse, respondendo a perguntas de senadores.

O diretor afirmou, também, que o BC tem uma institucionalidade “muito bem consolidada” na política cambial, que sabe mensurar, agregar a informação e reagir, quando necessário.

“Eu tenho tentado o máximo possível trazer essas conversas e diálogos para colegiados”, ele acrescentou, citando os outros sete diretores e o presidente do BC.

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