Gatos de mesmo saco

19/05/2017 08:00

A luz da manhã passa pelas frestas da janela e seu brilho bordado na parede me desperta. Levanto para o início de um novo dia. Chego ao noticiário matutino da televisão e, sem espanto, vejo e ouço o repetir do dia anterior. As manchetes são claras: operação lava-jato ouve empresários e políticos, policia faz busca em casa de deputado, apartamento de ministro é vasculhado, pedida a prisão de ex-deputado, presidente da república reúne-se com assessores imediatos… Olha a propina ai, gente !

O novo dia chega com notícias repetitivas do dia a dia nacional e, até, internacional diante das diatribes de Donald Trump lá pelos esteites ou a teimosia do ditador da Coreia do Norte insistindo em antecipar as festas juninas com seus foguetes e bombas, levando um tal de putin e ficar do mesmo jeito dentro das roupas. Fala-se bastante do novo presidente francês e repete-se adnauseam as incoerências e instabilidades emocionais do nosso vitimizado e tupiniquim viúvo da pátria. Nas casas legislatvas majoritárias filmam-se os participantes andando de um lado para o outro ou, quando sentados, trocando farpas, remetendo estiletes ponteagudos, pisando em cacos de vidros cortantes, vez por outra invadidas por manifestantes voluntários ou pagos.

Eis a esbórnia institucionalizada no solo pátrio, tomado por menores delinquentes assaltando e matando com o sorriso da certeza da impunidade penal e o direito de saírem rapidamente das celas de recuperação social (titulação linda, não é?). Na mesma vertente a expansão incontrolada dos traficantes de drogas em ação, martirizando a decência das populações humildes aterrorizadas por eles e – de pasmar o mais imbecil asno – os maus políticos tirando casquinhas (ou seriam cascões) de tanta miséria moral para depositarem seus lucros espúrios em paraisos fiscais !!!

Gatos de mesmo saco são todos esses infelicitadores do nosso país e da divina natureza humana, sem espírito público, privados de moral, aéticos na essência brutal mais vil do termo, enfim, assassinos da moral, representantes do pior da alma humana.

E o nosso infeliz Estado do Rio de Janeiro, que há algumas décadas vem elegendo alguns políticos vis, sem escrúpulos, marionetes de lúcifer, que faliu totalmente diante da roubalheira institucionalizada nos gabinetes daqueles que deveriam ser exemplo de honradez e do verdadeiro espírito público.

O Cabral de cá, não o de Porto Seguro, confundiu e empregou erroneamente a frase do escrivão Caminha – “terra em que tudo se plantando dá”, por sua máxima: “terra em que se plantando propina dá”. Deu no que deu ! Dá no que dá!

Reafirmo, tirando de artigo anterior, que a causa maior da desgraça brasileira é o mau político, vil autor de todas as mazelas nacionais e o pior criminoso atuante de nossa infeliz história.

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