Gestão financeira da prefeitura é debatida por apenas dois vereadores em menos de 50 minutos

É lamentável que na audiência pública para avaliar o relatório de gestão financeira da prefeitura entre janeiro e abril, obrigatório por lei, compareceram apenas Maurinho Branco e Fred Procópio. Na audiência de acompanhamento do quadrimestre da Saúde até melhorou: foram oito. Mas não há justificativa para que não estivessem presentes todos os 15 eleitos nas duas audiências.  E olha que agora ainda tem a molezinha de ser em home office…

Necessidade de debate

Uma pena que não houvesse uma discussão mais aprofundada que debatesse, por exemplo, que do orçamento para 2021 de R$ 1,1 bilhão já tenhamos empenhados R$ 269 milhões para a Saúde e R$ 136 milhões para a educação. E de que desse valor para a Educação R$ 79 milhões já tenham sido pagos ainda que tenhamos escolas fechadas e redução de despesas.

Passando o pires

Também acende o alerta sobre R$ 13 milhões de gastos em quatro meses sem arrecadação para cobrir forçando que a prefeitura economize em investimento se quiser fechar as contas.  E ainda tendo muito que passar o pires nos governos estadual e federal se quiser ampliar programas e serviços

Gastos legislativos

Também salta aos olhos que a Câmara de Vereadores até o final do ano vai consumir R$ 34 milhões e de janeiro a abril a Prefeitura já repassou ao legislativo R$ 11,7 milhões. Dá uma despesa mensal de quase R$ 3 milhões para manter a estrutura legislativa e 15 gabinetes.

Ainda as balinhas

Parece que ao longo da semana até deu uma melhorada, mas é bom ficar de olho: pessoal anda reclamando do povo que ‘trabalha’ vendendo balinhas e paçoquinhas, mas que na verdade, aguarda a distração dos pedestres para roubar.

Sífilis congênita

Um número chamou a atenção na apresentação dos resultados da saúde no primeiro quadrimestre de 2021: aumento de casos de sífilis congênita. A média ‘aceitável’ para o Ministério da Saúde é de 14 nos quatro primeiros meses do ano e já chegamos a 19 bebês contaminados pelas mães ainda no útero em 2021. A Secretaria de Saúde alega que é um problema nacional, mas que também tinha pouco medicamento do governo federal.

Mortalidade infantil

Outro dado apresentado na reunião e que aumentou foi de mortalidade infantil. O teto ‘admitido’ pelo governo federal é de 13 mortes nestes quatro meses em Petrópolis. Mas, a cidade já registrou 17 neste período. Com base nos dados, agora os vereadores devem apurar o porquê de esses números terem subido e o quefazer para que eles reduzam ou sejam eliminados.

Surpresa!

Sem aviso as empresas de ônibus executaram as viagens de ontem, dia útil, com horários de sábado. Não faltaram vídeos nas redes sociais com as filas enormes em todos os horários, mas em especial  entre 5h30 e 7h, período que a galera parte para as indústrias porque, afinal, Petrópolis não é só comércio, não. Porém, ficou ruim para todo mundo, inclusive comerciários: com poucos ônibus os que tinham estavam lotados.

Contagem                                                                                                                               

Petrópolis está há 151 dias sem prefeito eleito pelo povo.

Deu ruim

Agora, o bicho pegou. O Tribunal de Contas do Estado vai mudar as regras sobre os relatórios fiscais dos municípios. Vai ser preciso agora levar em consideração apenas as verbas efetivamente pagas e não mais as empenhadas como estava sendo feito. Assim, ficará bem mais complicado de atingir as metas constitucionais da Educação e Saúde, por exemplo.  E todos os relatórios deste ano já deverão ser republicados.

Compensação

Talvez alguma autoridade possa se interessar em perguntar à prefeitura: quanto foi gasto na pandemia da covid na Saúde, incluindo aí as verbas federais enviadas a Petrópolis e quanto se economizou em custeio. Porque, afinal, com repartições fechadas, cirurgias suspensas, atendimentos reduzidos e por aí vai se economizou, não?

Mudança de metas

A educação é um dos setores que também merecia se arguido. Afinal, com escolas fechadas se reduz consumo de água, luz, merenda, gás, transporte.  É possível que não se chegue aos 25% de aplicação de recursos como manda a Constituição na Educação, por exemplo. Mas, por outro lado se tinha verba ‘sobrando’ porque não houve aplicação para o ensino à distância?

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