Giro da Tribuna: Acelerar o início do Carioca é um risco

15/06/2020 15:08

Finalmente, o Campeonato Carioca vai ter seu reinício definido. Faltam duas rodadas para a conclusão da Taça Rio (segundo turno) e mais a fase decisiva que apontará o campeão da temporada. A Federação de Futebol do Rio quer os jogos com início ainda neste mês em meio a uma pandemia que mata vidas em todo o estado aos montes por dia. A que preço? O risco parece alto? Apostem que sim.

O Rio, um dos epicentros do coronavírus no mundo, ainda não vê o número de infectados baixar. Ao contrário da Europa, pensar em bola rolando nesse curto espaço de tempo parece ser um jogo de alto risco que os clubes, a exceção de Botafogo e Fluminense, pagam para ver. Caso algum atleta for diagnosticado em meio a realização do campeonato, como será a reação dos demais?

A Federação faz a sua parte. Foi uma das primeiras entidades regionais a trabalhar em um protocolo de segurança para a volta do futebol no estado. Se empenhou ao máximo para buscar um consenso no meio médico para que o Carioca fosse retomado o mais breve possível (cedo no sentido de controle da epidemia). Trouxe especialistas para o debate, mas, mesmo assim, enfrenta resistência.

Se Botafogo e Fluminense entrarão em campo, a fim de concluir suas participações no Carioca, é um enigma. A motivação deles para entrar em campo, é certo, está acima dos comentários nas redes sociais, de que ninguém hoje seria capaz de barrar o título do campeonato pelo Flamengo. Olhar a parte da saúde dos seus profissionais, colaboradores e familiares, encontra respaldo na realidade.

Até o fechamento desta edição, a Federação não havia anunciado com os clubes, nesta segunda-feira, a data de reinício do futebol no Rio.

Já a Série B1, a popular Segundona, vai acontecer. Dependendo apenas da definição da última equipe – o Carioca vai rebaixar após a Taça Rio -, o Estadual já movimenta os bastidores do Serrano e dos demais clubes. Nos próximos dias, a Interfut define o planejamento de treinamentos e, finalmente os jogadores que serão contratados. Caso a bola seja retomada até o final deste mês, a Segundona começasrá no dia 15 de agosto.

 

Covid-19 e esporte local

O ex-atleta e treinador paralímpico, Marcelo Gonçalves, o Marcelão, segue em plena recuperação após sofrer os males do Covid-19. Ele foi o primeiro conhecido no meio a ser infectado e ficou no hospital por 14 dias. O também treinador da equipe de bocha paralímpica, Marcelão disse que passa bem e espera pela retomada do desporto local para o mais breve possível.

 

Covid-19 e esporte local II

Diagnosticado positivo para o Covid-19, o técnico do time sub-20 do Serrano de 2016 até o ano passado, César Nunes, o Cesão, está em casa recuperando-se dos efeitos da doença. A coluna falou com o treinador, que disse estar bem apesar dos incômodos causados pelo coronavírus. Fez questão de deixar os amigos, admiradores e companheiros de futebol tranquilizados.

 

Petrópolis-Itaipava

A organização da Corrida Petrópolis-Itaipava vai aguardar até o próximo dia 30 uma posição das autoridades públicas sobre a confirmação ou adiamento da prova de 15 quilômetros. A informação é de Arthur de Freitas Castro, um dos organizadores, que confirmou para o dia dois de agosto a realização da prova, mas o anúncio final possívelmente será no dia primeiro de julho. As inscrições seguem abertas no site www.papaleguas.org.br.

 

Mário Olivetti eterno

Mário Olivetti, que morreu na semana passada aos 91 anos, será uma presença eterna na história do esporte petropolitano. Campeão brasileiro de Marcas, ele era do tipo de piloto arrojado e técnico, um personagem sem igual para os amantes do esporte com motor. Lembro-me das várias entrevistas feitas para o impresso da Tribuna de Petrópolis, seu espírito jovem e descontraído com o trato pessoal. Uma perda enorme.

 

Curtas

Berg discute campeonato Fifa – O Superintendente de esportes, Délio Kronemberger, o Berg, mantém conversações com um dos CEOs da Good Gamers, Vinícius Verly, sobre a realização de um campeonato Fifa petropolitano.

Mudança através do exemplo – A jogadora e treinadora de handebol, Vanessa Pelli, é um sucesso com suas palestras e trabalho remoto com pessoas que aderem a uma metodologia de atividade física em casa.

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