Governo do Rio cria Força-Tarefa para investigar e punir responsáveis por incêndios criminosos

16/set 16:41
Por Redação/Tribuna de Petrópolis I Foto: Marcelo Regua/Governo do Estado

O Governo do Rio instituiu, nesta segunda-feira (16), uma Força-Tarefa composta pelas polícias Militar e Civil, Detro, GSI e Secretaria de Fazenda para intensificar as investigações sobre incêndios criminosos e ainda regular a venda feita por carros-pipa. Com o monitoramento da comercialização de água, o governo quer evitar aumentos abusivos de preço, devido à estiagem que colocou em estado de alerta os sistemas de abastecimento de Mangaratiba, Macaé, Imunana-Laranjal e Acari.

O anúncio foi feito durante reunião do Gabinete de Crise, focada no controle dos incêndios florestais. Segundo o governador Cláudio Castro, mais de 20 suspeitos de envolvimento em queimadas criminosas já foram identificados pela Polícia Civil e estão sob investigação.

“É crucial que tenhamos uma resposta firme contra os incêndios criminosos. Precisamos identificar e punir os responsáveis, pois estão se aproveitando da situação climática para realizar queimadas intencionais”, declarou Castro.

Plano de contingência para enfrentamento da estiagem

Por determinação do governador, serão disponibilizados carros-pipa para as regiões afetadas, priorizando escolas, creches e hospitais. A Força-Tarefa também será responsável por monitorar e evitar a elevação dos preços de venda de água.

Em razão da seca, os sistemas de abastecimento de Mangaratiba, Macaé, Imunana-Laranjal e Acari estão em alerta. O sistema Imunana-Laranjal, que atende cerca de dois milhões de pessoas na região Metropolitana 2, opera com 90% da capacidade. As cidades afetadas incluem São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, parte de Maricá e a Ilha de Paquetá.

As represas do Sistema Acari (Tinguá, Xerém, Rio D’Ouro, São Pedro e Mantiquira), que abastecem parte da Baixada Fluminense, enfrentam estiagem histórica. As unidades captam água em mananciais menores, cuja disponibilidade depende diretamente do volume de chuvas para garantir a operação total do sistema. A concessionária Águas do Rio, responsável pela rede de distribuição na região afetada, realiza manobras para direcionamento da água do Sistema Guandu – que opera com 100% da capacidade – para as localidades atendidas.

Para melhorar o fornecimento de água, o Governo do Estado, junto com a Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade, Cedae e concessionárias da região, realiza obras emergenciais. Entre as intervenções estão o desassoreamento do Canal de Imunana, responsável pela captação de água, e a instalação de bombas abaixo da Barragem do Rio Macacu, para aumentar a oferta de água para tratamento.

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