Governo tem 5 meses para achar solução para lixo
A licença de operação do aterro controlado de Pedro do Rio vence no dia 29 de julho deste ano. Localizado às margens da rodovia BR 040, o terreno recebe diariamente 250 toneladas de lixo domiciliar e para funcionar precisa ter a licença renovada pelo Instituto Estadual de Ambiente (Inea). A alternativa para o despejo dos destritos produzidos no município será o Consórcio Serrana II que prevê a construção de um aterro sanitário em Três Rios. Em entrevista concedida a Tribuna, o prefeito Bernardo Rossi informou que a primeira célula no terreno em Três Rios começa a funcionar em junho.
"No fim do ano passado o Inea autorizou o início do funcionamento do Consórcio e hoje (ontem) recebi a informação que podemos, a partir de junho, começar a utilizá-lo", disse o prefeito. Petrópolis entrou no Consório Serrana II no ano de 2009, por meio da Lei nº 6717 de 23 de dezembro. Seis municípios fazem parte: Três Rios, Areal, Paraíba do Sul, Comendador Levy Gasparian, Sapucaia e Petrópolis.
O aterro de Três Rios, que está sendo construído no quilômetro 17 de BR 040, será utilizado pelas seis cidades, recebendo diariamente 400 toneladas de lixo. Bernardo disse ainda que haverá um reunião entre os municípios participantes do Consórcio para a escolha do novo presidente. "Petrópolis vai ter a maior parte por produzir mais resíduos, são 70%, nada mais justo que a presidência do Consórcio fique com a gente", ressaltou o prefeito.
Caso o terreno em Três Rios não possa ser utilizado ainda este ano, Bernardo Rossi disse que o município vai solicitar ao Inea a prorrogação da licença por mais cinco meses. Em nota, o Inea já sinalizou a intenção de renovar a autorização, informando que a Comdep, que atualmente administra o aterro, alegou haver condições técnicas para uma prorrogação da licença. O Inea informou ainda que técnicos farão uma vistoria para avaliar "de forma preliminar as condições".
O aterro de Pedro do Rio existe há pelos menos 20 anos. A última autorização para funcionamento do aterro foi concedida pelo Inea em maio de 2016, após o instituto fazer vistorias no local. Na época, o governo municipal promoveu melhorias no terreno e adequou o espaço para ter a licença concedida.