Grandes Verdades, Distantes Ainda

09/11/2018 09:50

Outrora, vivenciamos almas iluminadas a trazerem as eternas verdades cumuladas de iniciações espirituais, numa verbalística própria do progresso e da cultura milenares. Outrora, foram trazidos ensinamentos e verdades, contextos e enfoques diretivos em relação à fé, à vida humana e à espiritual, numa base filosófica que a poucos atingia. Séculos e séculos, a se fazerem pronunciar almas com propostas nítidas, exemplificando bases de origens espirituais e humanas, afastando o primarismo dos conceitos e lançando as grandes verdades, num cultivo muito pouco distendido, devido à falta de comunicação entre os povos, porém, já trazendo os verbetes mais amplos a abastecerem a humanidade terrena, num sustentáculo a compor as tantas propostas das almas que fariam da esfera seus lares e escolas, durante os grandes processos cármicos. Dizemos grandes processos cármicos, porque se alastrariam por milênios neste mesmo solo, em lidas múltiplas e constantes, até que, pouco a pouco, pudessem absorver as verdades infinitas e vivenciá-las.

Alertados que sempre fomos pelos filósofos, profetas, missionários e enviados especiais, dispostos a dilatar tanto a intelectualidade como a sensibilidade, as grandes verdades nem sempre foram bem acolhidas. Vistas e percebidas, mas não exemplificadas, de modo geral, por ainda se encontrarem as almas sob lentes opacas. E, ofuscadas pelos tantos divertimentos que a matéria lhes proporcionava, as almas conferiram a si mesmas condições do exercício de algumas delas, afastando outras tantas, que não lhes permitiam ter liberdade e usufruir dos beneplácitos dos envolvimentos prazerosos e belicosos, com isto, afastando-se muito das grandes lidas, na matéria densa e na espiritual.

Vemos grandes verdades serem ainda manuseadas a bel-prazer dos homens, a lhes comporem necessidades e posições, porém, não sendo perpetuadas e reverenciadas como forma de licenciamento espiritual, a ser atingido pelo Espírito eterno, que somos.

As grandes verdades culminaram com o exemplo do Missionário seleto, Jesus, que nos trouxe a abrangência nas leis universais do amor, da fé e da caridade, como, também, nas tábuas do decálogo de Moisés, concluídas pelo Mestre Nazareno, nas sensibilidades do amor ao próximo, na abnegação da humildade e nos ditames do necessário envolvimento espiritual com Aquele Que nos criou. 

Estas foram e serão as verdades máximas colhidas por todos nós, almas viventes sob todas as diferentes estruturas e personalidades, permutando-nos, a cada tempo, e tentando acondicioná-las dentro de nós. Estes verbetes divinos precisam ser firmados em nós, irmãos, observados, lidos e relidos, exemplificados à proporção em que a própria vida nos traz sob os grandes efeitos causados por nós mesmos, pela dilatação de nossa razão e discernimento e pelas disponibilidades de nossas percepções e sensibilidades.

Verdades eternas, palavras e ensinamentos trazidos sempre pelas almas que já partiram desta esfera e angariaram para si as farturas expostas diante de todos nós, porém, seres repletos de lições de vida e de boa vontade, enviados do Pai e do Mestre, a demonstrarem a todos nós, onde poderemos chegar e como atingir nossa maior paz e iluminação.

Aprendamos a conviver com as mensagens cristãs, não só lendo-as e expondo-as aos irmãos de fé em oratórias brilhantes, que, por muitas vezes, não se fazem repercutir em nossa intimidade, porém, exemplificando-as a esta grande massa humana, que se movimenta nos campos terrenos e que tanto necessita da luz do Evangelho Cristão.

Ajustemo-nos, amigos, aos códigos universais de amor, fé e caridade, e aí, sim, iremos atingir a felicidade e a plenitude a nosso Espírito.

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