Greve de funcionários do Posto de Vistoria do Detran completa 23 dias

O Posto de Vistoria do Detran, no Alto da Serra, está há 23 dias sem funcionar. A greve dos funcionários começou no dia nove e ainda não há previsão para encerrar. Os trabalhadores já conseguiram receber parte das reivindicações (salário de janeiro, parte do vale alimentação e o vale transporte integral), faltando agora o pagamento do 13º salário.

"Falta o governo do Estado nos pagar o 13º salário. Estamos aguardando uma posição para decidirmos se voltamos ou não ao trabalho", disse uma funcionária do posto que preferiu não se identificar. A greve foi definida durante assembleia no dia oito e homologada no sindicato da categoria, o Sidecond. 

Em nota, o Detran informou que cumpriu todas as suas obrigações com a empresa  Prol, firma responsável pela contratação dos funcionários terceirizados. O departamento afirma estar em dia com os pagamentos, no entanto a empresa não depositou alguns benefícios dos trabalhadores resultando na paralisação. O Detran ressaltou que está tomando providências legais e prepara o lançamento de um edital de licitação para contratação de uma nova prestadora de serviço.

Para quem trabalha com a legalização dos documentos dos veículos está greve é sinônimo de prejuízo. "Está tudo parado, os clientes preferem agendar a vistoria em Petrópolis. Desde o início da greve estamos sem conseguir trabalhar", disse o funcionário de um escritório de despachante, Felipe Oliveira da Conceição. "Quando voltarem a agendar a vistorias vai ser uma corrida ao posto. A informação que temos é que cerca de quatro mil veículos estavam na fila quando a greve começou", contou Felipe. O Posto de Vistoria do Detran conta com 26 funcionários terceirizados e atende entre 250 e 300 pessoas por dia. 

Os funcionários do Posto de Habilitação do Detran, que funciona no Terminal Rodoviário Imperatriz Leopoldina, no Centro, também chegaram a paralisar as atividades. No última dia 22, após o pagamento do salário de janeiro, eles decidiram voltar ao trabalho. 

De acordo com  um dos funcionários, as negociações com o governo do Estado continuam até que seja efetuado o pagamento dos benefícios e do 13º salário da categoria. O Posto de Habilitação conta com cerca de 30 profissionais também terceirizados.