Greve dos motoristas de combustíveis deixa alguns postos desabastecidos em Petrópolis
A greve dos motoristas de combustíveis deixou alguns postos da cidade desabastecidos na noite de sexta e manhã de ontem (9). A paralisação durou menos de 24 horas, mas foi o suficiente para que os estabelecimentos ficassem sem o produto. A manifestação foi deflagrada pelo sindicato da categoria, eles são contra a carga tributária dos impostos, como PIS/Cofins e ICMS, que incidem o preço da gasolina.
Na manhã de sábado, quem procurou abastecer o carro encontrou dificuldades. Foi o caso do funcionário público Bruno Gonzales, de 40 anos. Morador do Retiro, ele foi em dois postos tentar abastecer o veículo. "Meu tanque está quase zerado, não sei se consigo chegar em outro local para abastecer. Vou ter que deixar o carro em algum lugar, não tenho gasolina para andar muito", disse.
Em um posto de gasolina do bairro Retiro, as bombas ficaram vazias na noite de sexta e a previsão, segundo o gerente do estabelecimento, Rafael Gorges, era que o abastecimento só voltaria ao normal na tarde de ontem. "A greve já acabou, mas os caminhões ainda não estão conseguindo chegar com o combustível. Enquanto isso vou amargando um prejuízo", lamentou. Segundo ele, entre a noite de sexta e a manhã de sábado, o posto deixou de atender cerca de 600 clientes.
Em outro estabelecimento na Avenida Barão do Rio Branco, a situação era a mesma. Cones foram colocados próximo as bombas para sinalizar os clientes que não havia combustível. "Já pedi um caminhão para abastecer, mas acredito que só chegue à tarde. Enquanto isso, o posto fica fechado", disse o gerente Cleber Vinicius Souza Lima.
A greve terminou na noite de sexta após uma reunião entre representantes do setor e o governo do Estado. Durante o encontro ficou acertado que um grupo de trabalho seria formado para discutir a pauta de reivindicações da classe. Durante a paralisação, os grevistas chegaram a fazer piquetes nas portas das distribuidoras de combustíveis, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, impedindo os caminhões de entrarem para serem carregados com gasolina, álcool ou diesel.
Segundo uma nota emitida pelo Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência no Estado do Rio de Janeiro (Sindestado-RJ), a paralisação dos transportadores ocorreu também nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás.