Guarda Civil de Petrópolis completa hoje 100 anos sem motivos para comemorar

A nossa Guarda Civil é a segunda mais antiga do Estado. E completando hoje 100 anos, seus componentes reclamam que não há o que comemorar. Não foi programado nenhum evento de porte para celebrar um século de existência. Talvez tenha alguma solenidade meia boca e só. GCs reclamam do titular da pasta, Elias Montes, que ainda não disse a que veio. A GC tem quatro viaturas novas paradas por falta de emplacamento e dizem os guardas que entraram em contato com a coluna que a compra de uniformes e equipamentos foi paralisada pela prefeitura.

Sem concurso

Em abril, a prefeitura ‘inaugurou’ um posto (que já existia desde sempre) da Guarda no Parque de Exposições, em Itaipava. Na ocasião, Bomtempo anunciou um concurso para GCM, que iria oferecer 40 vagas imediatas e cerca de 70 vagas para cadastro de reserva. E não se falou mais no assunto.

Remoção de cadáveres

Foi só a gente falar na contratação de empresa para a remoção de restos mortais no desabamento de covas no Cemitério do Centro, em março, que a prefeitura apareceu com pelo menos com o extrato do contrato. O documento na íntegra continua oculto. Eis que a empresa contratada é a AMB Memorial, de Cachoeiras de Macacu. Mas não vai ser por R$ 235 mil como a gente estimava, não. O contrato é de R$ 650 mil e prazo de 90 dias para a execução. E ainda restam muitas perguntas a serem respondidas pela prefeitura, como para onde vão os cadáveres.

É medo?

A prestação de contas da prefeitura é tão eficiente que só agora foi divulgada oficialmente a compra emergencial de ovos de Páscoa para crianças que estavam em abrigos por causa da chuva do dia 22 de março. Uma compra de R$ 5 mil. Mas que demorou quatro meses para ser revelada.

Muitas emoções

O golpe do show do Roberto Carlos no Palácio de Cristal era o assunto mais comentado na cidade ontem. E muita gente pode ter caído justamente por ser a época dos festivais com ingressos bem populares e que nos brindam com artistas de renome. Fora que o show, em Uberlância, Minas, é verdadeiro. Lá existe um espaço chamado de Palácio de Cristal, onde cabem duas mil pessoas sentadas. Mas, fica a ideia para a prefeitura daqui tentar um show desses.

Vai rolar asfalto

Pessoal do Brejal pode respirar aliviado. A licitação para o asfaltamento da principal via da localidade, havia sido suspensa e acabou sendo anulada, mas vai ser refeita. O erro da prefeitura é apenas jurídico e será retificada a modalidade do certame. Pelo menos não é por falta de dinheiro, mesmo porque faz parte daquele empréstimo de R$ 100 milhões que a prefeitura tomou com a Caixa. A nova licitação foi marcada para 26 de agosto. Mas a gente permanece com a dica: vejam se vai ter drenagem de águas pluviais, caso contrário, podem se repetir cenários desastrosos como os que a gente tem no primeiro distrito quando chove.

Tal como lá

O Iphan, muitas das vezes, é considerado como um inimigo em Petrópolis pelos limites que impõe sobre alterações do patrimônio histórico. Mas, vejam o que acontece em Brasília: sua área central, reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela Unesco e tombada em nível federal e distrital pode sofrer alterações e se descaracterizar a partir do Plano de Conservação do Conjunto Urbanístico de Brasília aprovado na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Isso mesmo: a estrutura idealizada pelo arquiteto Lúcio Costa na década de 60 pode ser comprometida.

Deficientes e os desastres

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados começou a discutir a proteção a pessoas com deficiência em situações de risco e desastres. A tragédia no Rio Grande do Sul mostrou dificuldades enfrentadas no resgate e acolhimento de pessoas com deficiência. E também foi verificada aqui, em 2022. Deputados cobram definição de protocolos com medidas imediatas que devem ser tomadas e ações posteriores. Um dos exemplos é um cadastro prévio das pessoas com deficiência e a antecipação de todo equipamento e de medicamentos que possam ficar de prontidão. Não precisa nem de lei federal: questão de bom senso.

Mas, gente

Ontem, a contagem que membros do Conselho Municipal de Trânsito (os que representam a população) deu o seguinte placar: 14 ônibus da Petro Ita quebrados no dia. Gente: 14. Mas para não serem injustos eles somam das outras empresas também: Cidade das Hortênsias teve uma quebra e Turp registrou três.

Contagem

Petrópolis está há 1 ano e 62 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br