Gustavo Vierini, mágico e mentalista friburguense, relembra início da carreira e sua passagem por Petrópolis

Com mais de 27 anos de carreira, sendo uma parte dela vivida em Petrópolis, o mágico e mentalista friburguense, Gustavo Vierini, começou a ter o primeiro contato com a mágica aos sete anos de idade, assistindo apresentações na TV, ao lado de seu avô. Hoje, além de se apresentar em diversos programas da televisão, principalmente na grade do SBT, ele já levou seu espetáculo para mais de 10 países.

“Eu estava com o meu avô na sala de casa, assistindo televisão e tinha um mágico se apresentando, e aquilo foi o que despertou a minha vontade de fazer mágica. Eu lembro que aquele momento foi quando eu virei e falei ‘Eu quero ser mágico, eu quero fazer isso. Eu quero encantar as pessoas, quero fazer esse tipo de coisa para mim.’ Esse foi o momento crucial mesmo, o momento que me fez virar a chave e querer fazer disso a minha vida, porque a mágica eu posso dizer que é parte da minha vida, não é só profissão, é o que eu gosto de fazer, é o que eu gosto de estudar, desenvolver coisas novas”, contou Gustavo.

Início da carreira

Gustavo conta que somente aos nove anos de idade ganhou o primeiro kit de mágica, onde começou a fazer mágica, e que a reação das pessoas despertou ainda mais a vontade de querer fazer mais.

“Eu lembro que eu fazia mágica o tempo todo para as pessoas, então toda reunião familiar, ou sempre quando eu estava com amigos, ou qualquer coisa assim, a mágica estava presente o tempo todo. Eu me lembro que eu não era o menino mais popular da escola, não era de esportes, não era nada que os populares faziam, não era o gênio da sala também, não era nada disso, mas quando eu comecei a fazer mágica, eu encontrei o meu espaço, foi quando eu ganhei espaço, ou seja, a minha forma de me comunicar com as pessoas, tudo isso”, disse ele.

Ele explica ainda que a mágica mudou muita coisa em sua vida, ajudando a perder a timidez e a se comunicar melhor com as pessoas. “Tudo isso foi através da mágica, foi depois que eu comecei a fazer mágica que isso começou a mudar.”

Aos 12 anos de idade ele fez sua primeira apresentação profissional, onde foi contratado para fazer um show.

“Eu lembro que eu estava no aniversário de um tio meu, tinha uma mulher lá, e ela virou para mim, depois de me ver fazendo mágica, e perguntou ‘Você faz festa e evento também?’, eu respondi que sim, e aí ela falou ‘Ah, então semana que vem eu tenho um aniversário e eu quero que você se apresente lá.’ Eu concordei e passei meu telefone, ela me ligou e me chamou para fazer esse evento. E aí, a partir daquele momento, eu nunca mais parei”, relembrou.

Depois disso, aos 14 anos, ele conta que passou a estudar outras ramificações, para incorporar ainda mais o seu trabalho. Dentre os estudos, estão questões relativas a mente humana, como ela funciona, sobre o comportamento das pessoas e os mistérios da mente. Já dos 15 para os 16 anos, ele se dedicou aos estudos de hipnose, agregando diversos conhecimentos para desenvolver um trabalho diferenciado.

“Hoje talvez seja o mais diferente que tem no Brasil, onde eu incorporo várias áreas diferentes dentro do meu show, dentro do meu trabalho. Atualmente, eu também ministro palestras para empresas e tudo mais, e dentro das palestras, eu coloco uma pitada desses meus conhecimentos, para transmitir um conhecimento de forma mais lúdica e mexendo com a mente das pessoas”, explicou.

Carreira na TV

Gustavo conta que sua primeira aparição na TV foi ainda em sua cidade natal, no início dos anos 2000, quando tinha 12 anos de idade.

“Depois eu comecei a fazer televisão no interior, alguns programas de televisão de Nova Friburgo, fazia reportagens até mesmo para jornais físicos, então assim, eu sempre fiz muito esse tipo de trabalho. Eu sempre gostei, porque eu comecei a fazer mágica, porque eu vi na televisão, então era um sonho meu fazer mágica na televisão, fazer aquilo que eu via, quando eu comecei, que foi o que despertou a minha vontade de fazer mágica”, relembrou.

Até que em 2009, ele fez sua primeira aparição em rede nacional, quando participou de um campeonato no Programa Silvio Santos. Desde então, ele foi convidado para participar de outros programas do SBT, dentre eles, o Programa do Ratinho, onde teve um contrato fixo entre os anos de 2012 e 2015, depois passou a fazer aparições esporádicas, sendo a última no início de dezembro deste ano.

“Em 2012, eles me chamaram para fazer uma participação, era até um quadro que tinha no programa [do Ratinho], que era tipo show de talentos, alguma coisa assim. E aí eu preparei uma coisa rápida, fui lá, fiz, apresentei e acabou. Eu imaginei que não fosse rolar mais nada, porque foi só um convite aleatório. Só que na minha cabeça eu não queria aquilo, porque uma das coisas que eu tinha em mente, eu lembrava de um mágico no passado que eu assistia muito e ele ia repetidas vezes no Programa do Ratinho mesmo, e eu lembro que ele tinha até um contrato na época, e eu falei ‘bom, eu quero voltar no Programa, só que como eu faço isso?!”, contou.

Gustavo relembra que enviou um vídeo de um numero diferente para a produção do programa e foi chamado para apresentá-lo, entre 9 e 10 minutos.

“E aí eu pensei ‘bom, eu não quero ficar 10 minutos no programa, eu quero ficar mais, quanto mais eu mostrar, mais fica em evidência.’ E aí eu falei, vou levar um número extra, só que esse numero eu não vou usar se ele me permitir fazer mais alguma coisa, mas eu vou começar com ele, porque eles estão esperando eu fazer uma coisa, eu chego lá e faço outra, e aí eles são “obrigados” a esperar eu terminar aquele, para começar o outro, e aí eu ainda fico todo o tempo do outro no ar”, contou.

Durante a sua participação no programa, Gustavo conta que a audiência foi subindo e, a partir daí fez outras apresentações, até ser contratado de forma fixa, por três anos.

Além de participações na TV, Gustavo também realizou outro sonho, que foi de se apresentar em Cruzeiros, sendo o primeiro em 2009, depois em 2013, 2015 e nos anos seguintes, até o surgimento da pandemia, em 2020.

Ligação com Petrópolis

Atualmente morando em Teresópolis, Gustavo morou por 13 anos em Petrópolis, e apesar de não vir com frequência à Cidade Imperial, ele guarda com carinho o tempo que passou no município.

Durante sua passagem pela cidade, ele fez espetáculos em alguns restaurantes e pizzarias, além de apresentações no Sesc e em outros eventos.

“Tive uma experiência bacana também em Petrópolis, foi bem legal. Então assim, hoje eu me dedico à região onde eu estou e eu trabalho com eventos, que é um trabalho que você tem que ir onde as pessoas te contratam, então não é muito uma coisa de ficar fixo e tudo mais. Hoje eu tenho um trabalho também voltado pela internet, onde eu faço mentorias para outros mágicos, pessoas que estão não só começando, mas pessoas que já são profissionais e querem aprender ou ter mentorias comigo, para pegar um pouco do meu Norral e tal”, contou.

Predições

Desde 2006, Gustavo vem realizando predições, registradas em cartório, onde prevê o que acredita que irá acontecer no futuro. Recentemente, ele fez a predição de quem iria vencer a Copa do Mundo de 2022, onde acertou que a Argentina seria a campeã da competição.

“É uma das coisas que eu faço já há alguns anos. Desde 2006 que eu venho fazendo as predições e elas vêm se concretizando. Eu faço a predição, registro em cartório, e elas tem funcionado bem”, explicou.

Planos para o futuro

Gustavo finaliza dizendo que pretende continuar levando sua mágica e o melhor entretenimento para seu público, além de revelar a vontade de fazer um trabalho diferenciado para empresas.

“Ver se eu consigo, através da mágica, mesmo que como uma ferramenta diferenciada de comunicação, se consigo levar para o meu público, como se fosse uma forma educativa de ver as coisas, mas através da mágica, porque para mim a mágica sempre foi isso, comunicação e compartilhar conhecimento. Ela permite isso, que você utilize princípios mágicos em outras áreas da vida também. A minha vontade é fazer isso, de alguma forma, levar isso para as pessoas que não são mágicos também, para que elas possam se aproveitar do conhecimento mágico de alguma forma”, finalizou.