Haddad diz que Lula corre o ‘risco’ de ter ‘mais sorte’ do que nos seus 2 primeiros mandatos

26/ago 12:43
Por Amanda Pupo, Sofia Aguiar e Renan Monteiro / Estadão

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 26, que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, corre “o risco” de ter “ainda mais sorte” em seu atual mandato como chefe do Executivo em relação a seus primeiros mandatos. Utilizando a expressão risco num sentido positivo, Haddad citou a possibilidade de o petista concluir seus quatro anos na Presidência com o Brasil crescendo acima da média mundial, com a inflação média mais baixa em relação a todos os mandatos anteriores desde o estabelecimento do programa de metas de inflação, acompanhado ainda da menor taxa de desemprego da série histórica.

“O senhor é um homem de sorte e corre o risco de ter mais sorte que nos seus primeiros mandatos, e entregar País crescendo a taxas superiores à média mundial, inflação média mais baixa do que nos mandatos anteriores desde que o programa de metas de inflação foi criado e com a menor taxa de desemprego da série histórica. Esse é o risco que o senhor está correndo com base em trabalho feito a muitas mãos, com seus ministros que compõem equipe fiel e leal ao plano de desenvolvimento sustentável do ponto de vista social, ambiental e fiscal”, afirmou Haddad, durante lançamento da política nacional de transição energética, com participação de Lula no evento.

Com tom otimista, o ministro citou que já haveria banco estimando que o Brasil vai crescer 3,1% neste ano, sem citar a instituição. Haddad atribuiu as boas expectativas, em parte, à reforma tributária, que vai reduzir a sonegação e fazer com que todos paguem uma alíquota menor de tributo, afirmou.

“A reforma tributária vai mudar a qualidade do crescimento econômico brasileiro. Especialistas estimam que o impacto da reforma nos próximos 10 anos vai ser de 10% a 20%. Estamos desburocratizando, desonerando investimentos, exportações, criando ambiente de negócios totalmente digitalizado. Queda na sonegação faz com que nós todos paguemos uma alíquota menor, com crédito favorecido, tributos simplificados, juros menor, junto de uma série de leis que estamos encaminhando com o congresso em fase final de apreciação”, disse o ministro.

De acordo com ele, os presidentes da Câmara e do Senado já se comprometeram a aprovar mais uma série de projetos de interesse do governo no Congresso até o final do ano. “Já tivemos da parte dos dois presidentes que até o final do ano, junto da tributária, serão aprovados meia dúzia, uma dúzia de projetos importantes para economia”, disse.

Haddad ainda mencionou o impacto da transformação ecológica para a economia, que vai gerar um “novo Brasil”. “É dever nosso salientar quanto avançamos e quanto o Congresso ajuda em agenda econômica. Silveira (MME) está cuidando do coração da economia brasileira. Um novo Brasil vai nascer com base na transformação ecológica. Energia nova vai permitir ao campo e a indústria andarem melhor”, afirmou.

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