HMNSE: Prefeitura faz contrato emergencial para substituir respiradores

13/05/2020 14:40

Para substituir os seis respiradores retirados em março para manutenção da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Municipal Nelson de Sá Earp (HMNSE) e que não retornaram, a Prefeitura fez um contrato emergencial para locação de novos aparelhos. A medida foi adotada para que os 10 leitos da unidade pudessem ser usados por pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19. Desde abril, o hospital faz atendimento exclusivo do novo coronavírus.

O contrato emergencial foi firmado no dia 29 de abril com a empresa Radamés Hospitalar EIRELI e tem validade de 180 dias. O valor pela locação dos aparelhos é de R$ 19.2 mil por mês.

Os seis espiradores foram levados pela empresa Oxy System Equipamentos Médicos LTDA da UTI do HMNSE no dia 30 de março para manutenção. Dias depois o hospital passou a funcionar exclusivamente para atendimento a Covid-19, mas sem a quantidade necessária de respiradores.

Sem que a empresa devolvesse os aparelhos a Prefeitura e a Defensoria Pública entraram na justiça contra a Oxy System. A primeira decisão da 4″ Vara Cível estipulou uma multa de R$ 100 mil para cada aparelho que não foi devolvido ao hospital. 

A segunda decisão do juiz Alexandre Teixeira foi publicada nesta quarta-feira (13) e acatou um pedido da Defensoria Pública determinando que os seis aparelhos que ainda estão na UTI do HMNSE não poderão ser retirados pela empresa mesmo após o fim do contrato, o que acontece no dia 17. O juiz também determinou que a Prefeitura responda em até dois dias se conseguiu contato com a empresa ou com a justiça de São Paulo.

Desde que levou os aparelhos, a Prefeitura perdeu o contato com a empresa. De acordo com a Defensoria Pública o endereço no Rio não existe mais. A Oxy System tem sede no estado paulista. A empresa foi contratada em 2018 pela Prefeitura para prestar o serviço de locação e manutenção de 12 respiradores para a UTI do HMNSE. O contrato é de quase R$ 243 mil.

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