Hoje tem Cine Paliar na Cláudio de Souza

23/08/2016 10:05

A Casa de Cláudio de Souza recebe hoje mais uma edição do Cine Paliar – Outros Olhares da Saúde. O filme escolhido para nortear o debate deste quarto encontro foi o drama “Minha Vida Sem Mim”, de 2003. O projeto é promovido pela Unifop – Cooperativa de Saúde Mental e Reabilitação, e começa às 19h. A entrada é gratuita e aberta ao público. 

A cada edição, um filme diferente é selecionado para nortear os debates com profissionais de saúde, que acontecem sempre após as exibições. A proposta é promover outros olhares, acerca de situações corriqueiras na vida dos especialistas da área. No longa “Minha Vida Sem Mim”, Ann, de 23 anos, vive uma vida simples ao lado de suas duas filhas e marido.

Após descobrir que tem câncer nos ovários e receber a notícia de que terá apenas três meses de vida, a jovem decide fazer uma lista de tudo que sempre quis fazer, mas nunca teve tempo ou oportunidade. A partir daí, a protagonista embarca em uma aventura para realizar seus sonhos.

A psicóloga Jociane Gatto, que é presidente da Unifop e irá comandar o debate, conta que a proposta deste filme é diferente das anteriores. “Esta é uma história mais leve que as demais. Nos outros dramas exibidos anteriormente, os personagens, que possuíam doenças que caminham para a terminalidade, desejavam a morte e lutavam para conquistar esse direito. Desta vez, a protagonista lida com a situação de uma forma diferente e resolve aproveitar para finalizar a sua vida do modo que ela deseja. Esta é uma ótima oportunidade para come- çarmos a discutir o princípio de autonomia do paciente e a importância da equipe médica respeitar o seu desejo, que frequentemente é esquecido por nós”.

A ideia do Cine Paliar é fomentar a discussão sobre os Cuidados Paliativos, que ainda são pouco difundidos no Brasil. Trata-se de uma abordagem feita por uma equipe multidisciplinar, focada em melhorar a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, diante de doenças sem perspectiva de cura. O Cuidado integral atua nos sintomas físicos e psíquicos de desconforto, cuidando das necessidades emocionais, espirituais, sociais e familiares da pessoa. 

“É uma pena que todos os hospitais ainda não tenham uma equipe de Cuidados Paliativos estruturada. Nos casos que foram acompanhados por nós, percebemos que esse processo faz uma grande diferença e acaba sendo mais saudável para o paciente. O primeiro passo para aumentar essa discussão é trabalhando o entendimento da morte, que é o que estamos fazendo no Cine Paliar. Os nossos encontros estão sendo muito produtivos e contribuindo até mesmo para o meu próprio crescimento pessoal”, declarou a psicóloga.

 O Circuito, que conta com o apoio da Comissão de Cuidados Paliativos do Hospital Unimed, terá mais uma exibição de filmes em outubro. A programação acaba em dezembro, com um evento de encerramento e confraternização. 

Últimas