Homem suspeito de atear fogo na companheira é preso
O homem, de 33 anos, suspeito de atear fogo no corpo da companheira, foi preso na última quinta-feira (31) durante uma operação de policiais civis da 106ª Delegacia de Polícia (DP), em Itaipava e do Departamento Geral de Polícia do Interior (DGPI). A ação foi em cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara Crimininal de Petrópolis.
A operação aconteceu por volta das 10h e o suspeito foi preso em casa, na Estrada da Arcas, em Itaipava. De acordo com a delegada titular da 106ª DP, Juliana Ziehe, o crime aconteceu em maio e a mulher chegou a ficar 15 dias internada no Hospital Alcides Carneiro (HAC). Ela teve queimaduras no peito, pescoço e braços.
"Depois que teve alta, ela veio até a delegacia e fez o boletim de ocorrência. Conseguimos a medida protetiva para ela e depois o mandado de prisão. Ele permanecerá preso até o julgamento", explicou a delegada, acrescentando que ele responderá pelo crime de tentativa de feminicídio.
No início da semana, outros dois homens também foram presos por policiais civis da 106ª DP, enquadrados na Lei Maria da Penha. As ações aconteceram em Pedro do Rio e foram em cumprimento a dois mandados de prisão preventiva expedidos pela 1ª Vara Criminal de Petrópolis.
Um dos presos, de 26 anos, tentou atear fogo na companheira, no último dia 17 de abril. De acordo com a polícia, ele só não conseguiu por que o acendedor de fogão não funcionou. A mulher conseguiu fugir e pediu socorro. O outro suspeito preso, de 40 anos, espancou a esposa a pauladas. O caso foi registrado no dia 20 de julho de 2016. "O que nos chamou a atenção foram os dois casos, em período curto, de homens que atearam fogo na companheira. Registros de violência doméstica tem sido frequente na nossa delegacia", ressaltou a delegada.
De acordo com dados do Dossiê Mulher 2017, divulgados no início de maio pelo Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP), foram registrados no ano passado nas duas delegacias – 105ª no Retiro e 106ª – seis tentativas de femicídio, crime que têm contextos marcados pela desigualdade de gênero. Desse total, 66% tiveram como acusados os companheiros das vítimas.
O levantamento também revelou que a maioria dos casos aconteceram no fim de semana e durante a madrugada. Metade das mulheres tinham entre 30 e 59 anos e não contavam com o ensino fundamental completo. Outro dado divulgado pela pesquisa é que 50% dos crimes aconteceram dentro das residências das vítimas.